De acordo com boletim divulgado nesta sexta-feira (13) pela
Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), já são 32 casos de sarampo
confirmados no Ceará apenas em 2015 e outros 68 casos são
investigados. Os casos foram registrados em 12 municípios,
incluindo Fortaleza.
Desde que o surto de sarampo começou, em dezembro de 2013, já foram registrado 728 casos da doença em todo o Estado.
O município de Massapé possui a maior incidência de casos de sarampo
por 100 mil habitantes (352,4), seguido
por Uruburetama (300,7). Forquilha (80,2), Martinópole (57,4), Senador
Sá (56,8), Sobral (43,0) e Meruoca (42,7). A incidência no Ceará é de
8,2 por 100 mil.
O estado pode tirar das Américas o status de área livre do vírus do
sarampo caso a doença não seja contida. “É um momento de concentrarmos
esforços. Crianças de 6 meses até 5 anos devem estar devidamente
vacinadas”, afirma a coordenadora nacional de imunização do Ministério
da Saúde, Carla Domingues.
O que é o Sarampo?
É uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave,
transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. A
viremia, causada pela infecção, provoca uma vasculite generalizada
[vesículas], responsável pelo aparecimento das diversas manifestações
clínicas, inclusive pelas perdas consideráveis de eletrólitos e
proteínas, gerando o quadro espoliante característico da infecção. Além
disso, as complicações infecciosas contribuem para a gravidade do
Sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de
idade.
Qual o agente envolvido?
Vírus do Sarampo que pertence ao gênero Morbillivirus, família Paramyxoviridae.
Quais os sintomas?
Caracteriza-se por febre alta, acima de 38,5°C, exantema
maculopapular generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e manchas de
Koplik (pequenos pontos brancos que aparecem na mucosa bucal,
antecedendo ao exantema). É durante o período exantemático que,
geralmente, se instalam as complicações sistêmicas, embora a encefalite
possa aparecer após o 20° dia.
Como se transmite?
É de quatro a seis dias antes até quatro dias após o aparecimento do
exantema. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e
dois dias após o início do exantema. O vírus vacinal não é
transmissível.
Como tratar?
Não existe tratamento específico para a infecção por sarampo. É
recomendável a administração da vitamina A em crianças acometidas pela
doença, a fim de reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O
tratamento profilático com antibiótico é contraindicado.
Quais os cuidados necessários?
As mulheres grávidas não devem receber a vacina contra a rubéola. Elas devem esperar para serem vacinadas após o parto.
Caso esteja planejando engravidar, assegure-se que você está
protegido contra a rubéola. Um exame de sangue (sorologia) requisitado
pelo seu médico pode dizer se você já está imune à doença. Se não
estiver, deve ser vacinada antes da gravidez. Espere pelo menos quatro
semanas antes de engravidar.
Fonte: Ceará Agora