Uma vacina contra o vírus da zika já está em desenvolvimento. A
multinacional francesa Sanofi Pasteur, mesma produtora da vacina contra a
dengue, lançou projeto de pesquisa ontem. O vírus da zika é
estreitamente relacionado como o vírus da dengue, segundo a
farmacêutica. Pertence ao mesmo gênero Flavivirus, além de ser
disseminado pela mesma espécie de mosquito e apresentar as mesmas
manifestações agudas da doença.
A vacina contra a dengue,
lançada em dezembro de 2015, foi considerada "baixa" pelo presidente da
Anvisa, Jarbas Barbosa - especialistas ainda têm ressalvas quanto ao
prazo das doses, aplicadas a cada seis meses. A vacina contra a febre
amarela, por exemplo, tem eficácia de mais de 90%. Já a vacina contra o
vírus HPV, por sua vez, tem eficácia estimada em 98,8% contra o câncer
do colo de útero.
Os sintomas mais comuns de uma infecção
por zika são febre, (erupções na pele), inchaços das juntas,
conjuntivite e dor de cabeça. No entanto, há crescentes evidências
relacionando a infecção pelo vírus zika em grávidas com aumento do risco
de complicações congênitas graves conhecidas como a microcefalia.
Normalmente, esta é uma condição rara e consiste numa redução anormal do
tamanho da cabeça do recém-nascido que impede seu desenvolvimento
cerebral normal.
"Além de uma séria possibilidade de haver
complicações congênitas relacionadas com o vírus da zika, há outras
pesquisas em andamento para avaliar uma outra associação entre a
infecção pelo vírus zika e uma doença neurológica séria, o que agravaria
a forte suspeita de malformações congênitas associadas com a doença",
afirma Nicholas Jackson, diretor global da pesquisa.
Outras pesquisas
O
governo brasileiro está negociando com os EUA para desenvolver a vacina
contra o zika, mas a expectativa é que demore ao menos quatro anos para
viabilizá-la.
A preocupação crescente com o avanço do
zika levou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a convocar
assessores de saúde e segurança nacional e pedir pressa no
desenvolvimento de uma vacina contra o vírus.
O vírus também
levou os governos de diversos países e a União Europeia a recomendarem
que mulheres considerem adiar viagens às cidades brasileiras e a outros
países expostos pelo zika. Entre eles estão EUA, França, Reino Unido,
Alemanha e Canadá.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse
ontem que o governo irá buscar uma parceria para desenvolver possíveis
"remédios" contra o vírus zika. (da agência Folhapress)
Saiba mais
Em
uma das frentes, o ministro disse que irá contatar o Instituto
Butantan para desenvolver um soro contra o zika. Segundo Castro, o
processo seria semelhante ao soro já adotado para evitar a raiva.
Em outra ponta, o governo deve apoiar pesquisas para oferta de anticorpos monoclonais contra o zika. Medidas seriam alternativa extra ao desenvolvimento de vacinas contra o vírus."Para se a pessoa pegar a zika, poder tomar o anticorpo e combater o vírus, sem deixar ele tomar conta do organismo. Não é vacina, que impede de pegar a doença. O anticorpo é diferente: a pessoa é acometida, e aplicamos para combater", disse, após reunião no Conselho Nacional de Saúde.
Em outra ponta, o governo deve apoiar pesquisas para oferta de anticorpos monoclonais contra o zika. Medidas seriam alternativa extra ao desenvolvimento de vacinas contra o vírus."Para se a pessoa pegar a zika, poder tomar o anticorpo e combater o vírus, sem deixar ele tomar conta do organismo. Não é vacina, que impede de pegar a doença. O anticorpo é diferente: a pessoa é acometida, e aplicamos para combater", disse, após reunião no Conselho Nacional de Saúde.
O Povo
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