Estudantes cearenses do Ensino
Médio do município de Iracema, a 278 km de Fortaleza, desenvolveram uma
pesquisa para inibir a transmissão do Zika vírus. O estudo realizado por
Myllena Cristina e Gabriel Moura, com a orientação da professora Thyana Vicente
e o universitário Helyson Lucas, foi selecionado para participar da Feira
Internacional de Ciências e Engenharia - Fair Intel ISEF 2017, que ocorrerá no
próximo ano em Los Angeles, Estados Unidos. Os jovens da Escola de Ensino
Fundamental e Médio (EEFM) Deputado Joaquim de Figueiredo Correia irão ao
evento com todas as despesas pagas.
A ideia de estudar mais a fundo o
vírus surgiu com a epidemia no Brasil que ocorreu no início deste ano,
principalmente pela alta concentração na região Nordeste. Diante disso, Myllena
e Gabriel decidiram encontrar uma forma para diminuir os índices ou impedir a
transmissão do vírus.
”A gente ficou preocupado com o
surto e passamos a pesquisar o Zika vírus. Então, durante as nossas pesquisas,
percebemos que o medicamento oselcamivir foi utilizado para inibir a proteína
NS1 (responsável pela multiplicação do vírus) e a partir disso fizemos uma
modificação no remédio”, contou Myllena ao O POVO Online.
A alteração comentada pela
estudante é capaz de inibir a ação da proteína NS1, o que implica na
multiplicação do vírus e, assim, em sua transmissão. Conforme os resultados dos
testes da eficácia do medicamento, a taxa de efeito colateral foi abaixo de
0,2%, percentual otimista que pode trazer novos caminhos para impedir novas epidemias.
“Todos os testes em software utilizamos química computacional, modelagem
matemática e molecular”, explicou.
E toda essa pesquisa pode servir
como base para outros pesquisadores devido às poucas informações que se têm. “A
partir desse trabalho podem produzir medicamento ou contribuir para o
aprofundamento sobre o Zika vírus”, acredita a estudante.
O Povo
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