O preço da cesta básica subiu
em todas as capitais do país no mês de abril. As maiores altas foram
registradas em Porto Alegre (6,17%), Cuiabá (5,51%), Palmas (5,16%), Salvador
(4,85%) e Boa Vista (4,71%).
As menores elevações foram
observadas em Goiânia (0,13%) e São Luís (0,35%). Os dados, divulgados hoje
(8), são da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, feita mensalmente
pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese).
Em Porto Alegre, foi
registrada a cesta mais cara (R$ 464,19), seguida por Florianópolis (R$
453,54), Rio de Janeiro (R$ 448,51) e São Paulo (R$ 446,28). Rio Branco (R$
333,18) e Aracaju (R$ 363,87) foram as cidades com os menores valores.
No acumulado dos primeiros
quatro meses de 2017, 11 capitais registraram queda no preço da cesta, com
destaque para Rio Branco (-13,33%), Manaus (-5,34%) e Maceió (-4,32%). No
entanto, em 16 capitais houve aumento, sendo os mais expressivos em Fortaleza
(7,33%), Recife (5,97%) e Teresina (4,84%).
No acumulado dos últimos 12
meses (de março de 2016 a abril de 2017), 20 cidades registraram alta na cesta.
Os aumentos mais expressivos foram observados em Natal (10,28%), Fortaleza
(9,85%) e Porto Alegre (8,73%). As reduções ocorreram em sete capitais, com
destaque para Belém (-3,49%), Macapá (-3,28%) e Rio Branco (-3,11%).
Segundo o Dieese, em abril o
salário-mínimo necessário para a manutenção de uma família deveria ser R$
3.899,66, ou 4,16 vezes o salário-mínimo oficial, de R$ 937,00. O cálculo
considera a determinação constitucional de que o mínimo deve ser suficiente
para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele, com alimentação,
moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Comportamento dos preços
O tomate registrou aumento
nas 27 capitais, em abril. As altas variaram entre 5,61%, em Belém, e 64,69%,
em Porto Alegre. Segundo o Dieese, o fim da colheita da safra de verão e o
clima mais ameno foram os fatores que reduziram a oferta e elevaram o valor do
fruto.
A batata também apresentou
alta em todas as capitais, com destaque para os aumentos em Florianópolis
(37,84%), Cuiabá (29,91%), Porto Alegre (26,64%) e Curitiba (26,40%). De acordo
com o Dieese, as chuvas reduziram a oferta do tubérculo. A maior demanda pelo
produto, na Semana Santa, fez com que o preço da batata crescesse em todas as
capitais.
O leite teve aumento de preço
em 20 capitais, com destaque para as elevações em Recife (8,81%), Cuiabá
(4,85%), Natal (2,44%) e Palmas (2,30%). As retrações mais expressivas foram
registradas em Boa Vista (-3,65%) e São Luís (-3,09%).
Já o preço do arroz diminuiu
em 23 capitais, com variações entre -7,36%, em Campo Grande, e -0,25%, em
Teresina. Em São Paulo, o preço do grão não variou, e houve elevação em Manaus
(0,32%), Fortaleza (0,63%) e Belém (2,84%). Segundo o Dieese, os estoques
abastecidos da indústria e a baixa demanda dos centros consumidores fizeram com
que o preço do arroz diminuísse em abril.
Agência Brasil
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