sexta-feira, 12 de maio de 2017

Cinco mortes confirmadas por chikungunya no Ceará; 40 outros casos são investigados

A Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) investiga se 40 mortes no Ceará foram causadas por chikungunya, neste ano. Cinco mortes provocadas pela doença transmitida pelo Aedes aegypti, em quatro municípios, já foram confirmadas desde janeiro. Até o último dia 13 de maio, foram 13.312 casos de chikungunya confirmados no Estado. Os dados constam no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), divulgado nesta sexta-feira, 12.

As cinco mortes por chikungunya foram registradas em Beberibe, Caucaia, Pacajus, e Fortaleza. Na capital ocorreram dois casos. Ao todo, 41.723 casos de chikungunya foram notificados no Estado por meio do monitoramento até 13 de maio. O número alto ainda pode apresentar subnotificação.
A confirmação das mortes pela arbovirose passa pela investigação de critérios clínicos (sintomas da doença), epidemiológico (se o desenvolvimento da doença combina com o padrão já conhecido pelos profissionais da saúde) e laboratorial (sorologia ou análise patológica pós-morte).
Além disso, o número pode ser retrato de uma realidade de dois meses atrás. É que de acordo com pacientes o resultado do exame laboratorial na rede pública demora 50 dias para ser concluído. O POVO Online perguntou à Sesa a estimativa correta e aguarda resposta.
Dengue e zika
As notificações de dengue já estão menores dos que a de chikungunya, em 2017. Foram notificados 32.628 casos da doença, sendo que 7.170 foram confirmados em 110 municípios cearenses.
Entre os casos de dengue confirmados, seis foram anotados como graves. Desses, três geraram morte dos pacientes, em Fortaleza, Maracanaú e Tabuleiro do Norte. Outras 35 mortes estão em investigação.
Em relação à zika, foram registradas 1.249 notificações, sendo 125 já foram confirmadas.
Enfrentamento
Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, 12, a Sesa informa que diminuiu a periodicidade do boletim de arboviroeses de mensal para semanal, alertando aos gestores e profissionais de saúde a intensificação do processo de vigilância (notificação, investigação e análise do perfil epidemiológico e principais áreas acometidas), o manejo clínico adequado do paciente e ações de controle vetorial.
Também cita a inclusão dos casos suspeitos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), de acordo com o Plano Estadual de Vigilância e Controle das Arboviroses 2017/2018.
O Povo

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