quinta-feira, 4 de maio de 2017

Laudo confirma rompimento da aorta como causa da morte de Belchior; entenda

Laudo da necropsia do cantor e compositor Belchior confirmou a morte devido ao rompimento da aorta. A informação foi divulgada nesta terça-feira, 3, pelo delegado Luciano Menezes, diretor da Delegacia de Polícia Regional de Santa Cruz do Sul (Defrec).
A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul confirmou ao O POVO a causa da morte por dissecção da aorta, condição em que há um "rasgo" na parede da artéria. Segundo o delegado Luciano Menezes, que preside o inquérito sobre o caso, trata-se de uma destruição da aorta, com causa natural.

O cardiologista Welington Silva, do Hospital Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (Hospital de Messejana), explica que a dissecção da aorta é uma situação em que ocorre a separação entre as camadas da artéria. “[A ruptura] forma uma ‘falsa luz’ dentro da parede da artéria, que é composta por três camadas. Fica então a ‘luz verdadeira’ e a outra, que permite o fluxo de sangue por outro trajeto, não exatamente dentro da artéria”, diz ele.
Essa dissecção predispõe complicações graves, como dor intensa no peito, suor excessivo, falta de ar, desmaio e a morte súbita. "Leva ao comprometimento agudo de início rápido no coração, infarto agudo do miocárdio, AVC [acidente vascular cerebral], insuficiência renal e comprometimento em toda a extensão [da aorta]", enumera o médico.
Fatores de risco
De acordo com o cardiologista Welington Lima, o rompimento de aorta geralmente ocorre em indivíduos a partir dos 50 anos. Em jovens, alguns fatores podem fragilizar a parede da artéria, como traumas em acidentes, hipertensão, tabagismo e gravidez, também um grupo de risco para a dissecção da aorta.
Há casos de dissecção que podem ser revertidos, mas em outros a morte é súbita. "O diagnóstico tem que ser rápido e, por vezes, o tratamento é o controle dos fatores de risco e analgesia para a dor. A depender do local afetado da artéria, deve ser realizada a cirurgia de urgência", frisa o médico.
O Povo

0 comentários:

Postar um comentário