O mês de abril
registrou 214,9 milímetros, o que corresponde a 14,3% acima da normal
climatológica para o período. A informação é a Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Ainda segundo o órgão abril de 2018
terminou com a maior média de chuvas desde maio de 2009 no Ceará.
Durante o
último mês, as macrorregiões mais beneficiadas foram a do Maciço de Baturité e
a Jaguaribana, com 297,7 mm e 272,8 mm, respectivamente. Ambos registraram
desvios positivos. Quanto aos municípios, os mais chuvosos foram Moraújo (492
mm), Icapuí (460,7 mm), Russas (425,9 mm), Granja (417,4 mm) e Ibiapina (415,3
mm).
“Os maiores
desvios, por macrorregiões, ocorrem aleatoriamente, mas algumas chuvas mais
intensas vindas do leste foram um pouco mais frequentes, em abril, em áreas
dessas macrorregiões, respondendo, em parte, pelos maiores desvios das mesmas”,
explica o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz.
Diferente do
observado em março, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que é o
principal sistema indutor de chuvas durante a quadra chuvosa, esteve, em maior
parte do mês de abril, em posição favorável para formação de nebulosidade e,
consequentemente, chuvas.
Situação dos açudes
Apesar das boas
chuvas, ainda está longe de ser uma situação confortável. Mas as primeiras
chuvas de 2018 foram um alívio para o Açude Castanhão, que terminou o ano
passado com menos de 3% (2,75) da capacidade. O maior açude do Ceará está hoje
com quase 9% (8,63) do volume total.
Situação
semelhante à dos dois outros grandes reservatórios do estado. O Orós está com
quase 10% da capacidade total.
Já o Banabuiú
no Sertão Central, que estava quase seco, hoje acumula mais de 6% (6.21%) da
capacidade. Apenas 27 açudes estão com volume acima de 90% e 17 estão
sangrando.
Distribuição irregular das chuvas
Como as chuvas
nesses primeiros meses tiveram uma distribuição irregular, em algumas regiões,
de acordo com o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias. Pouco mudou do ano
passado até hoje. Dos 155 açudes do ceará, 84 ainda estão com volume inferior a
30% da capacidade. E pelo menos 5 municípios cearenses continuam com falha no
abastecimento d'água.
Ainda segundo a Cogerh, com o
cenário atual, está descartada a possibilidade de racionamento em Fortaleza.
Mas, o cearense deve ficar atento para evitar o desperdício. As medidas de
controle continuam.
Segundo a
Funceme, mesmo com volume menor, deve continuar chovendo ainda este mês. mas,
só em algumas regiões do estado.
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