sexta-feira, 15 de junho de 2018

Cinco motivos que podem levar Ciro Gomes à Presidência do Brasil

Oscilando entre 10% e 11% na última pesquisa realizada pelo Datafolha, Ciro Gomes (PDT) disputa a ida ao segundo turno (em um cenário sem Lula) com Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB). Ele e o tucano estão tecnicamente empatados, Marina tem pequena vantagem, segundo o levantamento do instituto. Foram entrevistados 2.824 eleitores de 174 municípios na quarta, 6, e na quinta, 7. Os dados foram divulgados no jornal Folha de S. Paulo.
 
A menos de quatro meses das eleições, o pedetista precisa capitanear votos se quiser chegar ao mais alto cargo do Executivo do País. Após listar cinco pontos que podem atrapalhar a campanha do ex-governador do CearáO POVO Online aponta motivos que podem levar o pré-candidato ao Palácio do Planalto.

Proximidade com Lula

Apesar de desferir críticas ao PT, Ciro é, depois do petista Fernando Haddad, o pré-candidato mais próximo a Lula, dentre aqueles que têm parcela significativa das intenções de votos. Quando o ex-presidente foi preso em Curitiba, ele lamentou a detenção e atacou a conduta do processo por parte dos magistrados. Lula é, atualmente, o pré-candidato que reúne maior número de eleitores, de acordo com a pesquisa. Mesmo preso, ele lidera as intenções de votos com 30% dos entrevistados. O ex-governador cearense é um dos principais beneficiados com eleitores do petista caso ele não possa ser candidato, chegando a crescer cinco pontos percentuais, atingindo 11% das intenções de votos. 
 
Força no Nordeste

Ciro construiu a carreira política no Ceará, onde também está o clã dos Ferreira Gomes. Os aliados estão espalhados no Legislativo e em prefeituras do Interior e da Capital. Governador do Ceará, Camilo Santana também integra o grupo político do pedetista. Tanto nas eleições de Lula quanto nas da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o Nordeste mostrou peso nas urnas. Caso conquistado, pode definir o futuro presidente em um cenário onde 34% dos entrevistados dizem que votam em branco, em nulo e em nenhuma das opções caso o nome do ex-presidente não aparece nas urnas.
 
Experiência política e administrativa

Ex-deputado estadual e federal, ex-prefeito de Fortaleza e ex-governador do Ceará, o Ferreira Gomes tem extensa carreira política. Candidato em 1998 e 2002 ao Palácio do Planalto, o cearense também já foi ministro da Integração Nacional e da Fazenda durante o governo dos ex-presidentes Itamar Franco e Lula, respectivamente. Em cenário onde a rejeição do presidente Michel Temer (MDB) bate recorde de impopularidade, a posição política de Ciro também é um caminho até os eleitores. Oscilando pela centro-esquerda, o pedetista já garantiu que irá rever reformas feitas pelo atual chefe do Executivo nacional.
 
Estrutura partidária

Há três anos no PDT, Ciro tem em torno dele uma bancada partidária mais forte que a de alguns concorrentes diretos, como a Rede, de Marina Silva, e o PSC, de Bolsonaro. Os 12 deputados, além de garantirem maior tempo de propaganda eleitoral para o pré-candidato, também trazem mais possibilidades de coligações a outros partidos, aglutinando alianças e ampliando o tempo de tela diante dos eleitores.
 
Apoio de governadores

Com a proximidade das eleições, alianças em favor de Ciro começam a se formar. Uma dessas se forma entre governadores petistas. Além de Camilo Santana (PT), que caminha politicamente com os Ferreira Gomes, Flávio Dino (PC do B-MA), Fernando Pimentel (PT-MG) e Rui Costa (PT-BA) já manifestaram simpatia por uma aliança com Ciro.
 
Correção: Diferente do que foi publicado inicialmente, Ciro foi ministro da Fazenda durante o governo Itamar Franco e geriu a Integração Nacional durante o governo Lula. Ele não ocupou ministérios no governo FHC.  

O Povo

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