A Liga Desportiva de Limoeiro do Norte – LDLN
continua sem receber nenhum apoio financeiro por parte do Governo Municipal de
Limoeiro do Norte para a realização do Campeonato Limoeirense de Futebol Amador
da 1ª, 2ª e 3ª Divisão.
No primeiro trimestre deste ano foram realizadas
reuniões entre a Diretoria da Liga e a Prefeitura Municipal, quando foi
apresentado pela Liga o projeto orçamentário para a realização da competição no
valor de 67 mil reais, sendo que aproximadamente 25 mil desse montante seriam arrecadados
com inscrições dos clubes e atletas, ficando acordado que o poder público
municipal repassaria o complemento desse valor, orçado em pouco mais de 40 mil
destinados a custear as despesas na realização do certame, principalmente para
pagamento de árbitros, delegados e gandulas, entre outras.
A temporada teve início dia 25 de maio e após um
mês de atividades a Liga não havia recebido nenhum quantitativo repassado pelo
poder público, sendo necessário anunciar a paralisação da competição por falta
de recursos para continuar. Reuniões foram realizadas com os dirigentes
dos 35 clubes e a solução encontrada de imediato para que o certame não parasse
foi de que os clubes retirariam da renda do jogo o valor para o pagamento da
arbitragem, e que a Liga pagaria os delegados.
Uma
reunião também foi realizada entre Prefeitura Municipal, representada pela
Secretaria de Esporte, e a Diretoria da Liga, onde foi solicitado pela
Secretaria de Esporte um ofício constando os gastos feitos até aquele momento
com a realização do certame, e solicitado um prazo de 45 dias pelo poder
público para o pagamento da referida despesa. O tesoureiro da Liga Marcos
Júnior de imediato expediu o solicitado ofício constando o valor das primeiras
despesas totalizando R$ 13.127,00 e entregou pessoalmente em mãos ao Secretário
de Esporte de Limoeiro na data de 09 de julho deste. O tempo foi passando, o
prazo de 45 dias já se venceu e nenhum centavo foi repassado a Diretoria da
Liga.
A despesa
inicial de R$ 13.127,00 foi paga com recursos oriundos das inscrições dos
clubes e atletas, e o certame continua graças ao compromisso e apoio dos
dirigentes das 35 agremiações, que decidiram custear a arbitragem com o pouco
recurso da renda do jogo para não ver um dos mais tradicionais campeonatos de futebol
amador sofrer paralisação.
No entendimento dos dirigentes da LDLN, o repasse
não é feito por falta de dinheiro, visto que só neste ano, conforme consulta
por eles ao Portal da Transparência do Município, consta que foram repassados
para a Liga de Futsal de Limoeiro do Norte o valor de R$ 33.263,80 e para a
Liga de Vôlei de Limoeiro do Norte o valor de R$ 49.800,00; perfazendo um
montante de R$ 83.063,80 somente para as duas Ligas, e nenhum centavo foi
repassado para a Liga Desportiva de futebol, que movimenta um certame com a
participação de 35 clubes e integra uma grande massa da população limoeirense.
Mais qual seria mesmo o motivo de tanto desprezo do
poder público municipal de Limoeiro do Norte para com uma entidade
futebolística de tanta tradição? Será mesmo falta de recurso? Ou será rixa
política pelo fato do presidente Valdir do Suburbão ter posições políticas
contrárias ao atual Gestor? Ficam essas indagações para a reflexão da população
limoeirense.
Diante de tudo isso, quem sofre os maiores prejuízos
são os desportistas limoeirenses, é o dirigente do clube que precisa tirar da
pouca renda do jogo para pagar a arbitragem, são os gandulas garotos humildes
que diante da situação foram afastados de suas atividades, os delegados dos
jogos que a partir de então também foram afastados por falta de recursos,
árbitros e assistentes que precisaram acatar reajustes para não ver o certame
sofrer paralisação, enfim acaba afetando direta e indiretamente inúmeras
pessoas e famílias, que reforçam sua renda mensal desempenhando suas funções
dentro da competição.
Acredito que o bom senso prevalecerá e o poder
público limoeirense, a partir do seu Gestor maior, analisará a situação,
entenderá que o futebol limoeirense, em especial o tradicional Campeonato de
Futebol Amador, pela sua importância, magnitude e poder de socialização, merece
está acima de qualquer indiferença política, caso esteja acontecendo.
Por/Cláudio Moura - com informações de Marcos
Júnior
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