A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira (20) que não há
recursos para correção maior que 4,5% na tabela do Imposto de Renda para
pessoa física. A presidente disse que se comprometeu com a correção de
4,5% e que esse será o índice defendido pelo governo. No InÍcio do ano,
ela vetou texto vindo do Congresso Nacional que corrigia a tabela em 6,5%.
"Eu tenho um compromisso e eu vou cumprir meu compromisso, que é 4,5%.
Nós não estamos vetando porque queremos. Estamos vetando porque não cabe
no Orçamento. Nunca escondemos que era 4,5%", disse a presidente a
jornalistas, após participar de cerimônia de entrega de credenciais a
embaixadores em Brasília.
O veto da presidente ao texto do Congresso pode ser derrubado pelos
parlamentares. Questionado pelos jornalistas sobre essa possibilidade, a
presidente afirmou que não está vetando porque quer, mas porque não há
recursos. Segundo ela, a discussão terá que ser reaberta se o Congresso
não aceitar o índice proposto pelo governo.
Vetei, não é porque não queira fazer. Não tem recurso para fazer. É
essa questão. Se por algum motivo não quiserem os 4,5%, vamos ter que
abrir discussão novamente. O governo tem condições perfeitamente de
agora olhar os 4,5%", afirmou Dilma.
Reajuste de 6,5%
Se tivesse sido aprovado o reajuste como queria o Congresso, pessoas que ganham até R$ 1.903,98 ficariam isentas de Imposto de Renda. Atualmente, o teto de isenção é de R$ 1.787,77. O reajuste de 6,5% seria aplicado também nas demais faixas da tabela.
Na justificativa para o veto, em janeiro, a presidente escreveu que a
medida traria renúncia fiscal, ou seja, menos pessoas pagariam o
imposto, sem indicação de meios para compensação.
Fonte: G1
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