Pedro Barusco Filho, ex-gerente executivo da Petrobras, mantinha uma
conta em Genebra, na filial do banco HSBC na Suíça, com saldo de US$ 6
milhões. A conta no HSBC estava em nome da offshore Vanna Hill, empresa
que pertencia no papel à sua esposa, Luciana Adriano Franco. No acordo
de delação premiada, Barusco se comprometeu a devolver US$ 67,5 milhões,
entre eles os US$ 6 milhões depositados no HSBC.
O HSBC suíço foi um dos oito bancos usados por Barusco para
movimentar a propina que recebeu pelo desvio de dinheiro de obras da
estatal. A filial suíça do banco é acusada de acobertar um esquema de
lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Os dados dos clientes do banco
foram vazados por um ex-funcionário do HSBC, que, em janeiro passado,
deu início a uma investigação batizada de “SwissLeaks”, feita por 154
jornalistas de 45 países. A movimentação milionária no HSBC ocorreu
entre 2006 e 2007.
Barusco teria começado a receber propinas quando ainda atuava na
área de Exploração e Produção. Entre 1995 e 2003, afirmou ter recebido
por mês entre US$ 25 mil a US$ 50 mil de uma única empresa, a holandesa
SBM. Na Diretoria de Serviços da Petrobras, comandada pelo ex-diretor
Renato Duque, o valor chegou a pelo menos US$ 22 milhões entre 1997 e
2010, e o dinheiro passou por 13 offshores.
O valor, porém, pode ser bem maior. Todos os contratos acima de US$
20 milhões passavam por Duque. Segundo as denúncias, ele e o PT também
atuaram na diretoria de Exploração e Produção, dona de 60% dos
investimentos da estatal.
Com informações do O Globo *
Fonte: Ceará Agora
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