São Paulo - O ministro da Educação, Cid Gomes, quer o Exame Nacional de
Ensino Médio (Enem) online em funcionamento ainda em 2015. Segundo ele, a
consulta pública sobre o novo formato da prova, que funciona como
vestibular para grande parte das universidades públicas e privadas do
País, será aberta em março.
"Eu dei um prazo de dois anos, mas
quero que neste ano a gente já consiga fazer um Enem online", disse o
ministro ontem. A ideia de Gomes é criar um grande banco virtual de
questões da prova, com acesso livre para consultas e estudos.
No
momento da prova, feita em salas credenciadas pelo MEC, seriam
sorteadas perguntas para cada candidato. Como o teste é de múltipla
escolha, o resultado sairia instantaneamente.
Para tornar a
ideia realidade, de acordo com Gomes, é necessário aumentar o banco
nacional de questões do Enem. O ideal, diz ele, seriam 8 mil questões
para cada uma das quatro grandes áreas (Ciências Humanas, Ciências
Naturais, Linguagens e Matemática) - 32 mil no total. Gomes não informou
quantos itens tem o atual banco do MEC, mas disse que o número está bem
longe da meta pretendida.
Outra ideia do ministro é que
os candidatos possam escolher o tema da redação em uma lista de quatro
ou cinco propostas. Atualmente, o tema é único para praticamente todos
os participantes - quem está privado de liberdade escreve sobre outro
assunto.
Transformações
Com o Enem
online, o MEC pretende reduzir esforços e gastos com a logística de
aplicação do teste, além de diminuir as possibilidades de fraudes. Em
2014, o exame foi aplicado simultaneamente para 6,2 milhões de
candidatos em todo o Brasil.
O Enem online ainda atende a
uma demanda antiga, de mais de uma edição da prova por ano. O novo
formato é inspirado no SAT, exame similar ao Enem aplicado nos Estados
Unidos.
Segundo Gomes, o novo banco de itens também faz
parte da construção do currículo único para a educação básica. "Essa
discussão do banco de quesitos para o Enem está umbilicalmente ligada à
Base Nacional Comum, que tem prazo para ser terminada no fim do ano que
vem", apontou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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