Para evitar que os reajustes tarifários nas contas de luz fiquem
próximos a 60% em 2015, o governo decidiu passar parte dos custos da
energia para o sistema de bandeiras tarifárias, cobradas dos
consumidores desde janeiro deste ano em meses de forte estiagem. Mas,
como a seca no País é duradoura, essa medida deve aumentar em quase R$ 9
o valor final das faturas médias das residências brasileiras já em
março.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai propor hoje que o
valor da bandeira vermelha suba dos atuais R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100
quilowatt-hora (kWh) consumidos no mês, uma alta de mais de 83%. Para a
bandeira amarela, a cobrança adicional deverá subir de R$ 1,50 para R$
2,50 por 100 kWh.
O governo também vai rever a reprogramação de sua tabela de preços
cobrados do consumidor comercial e industrial nos horários de pico.
Atualmente, as regras estabelecem como horário de pico de consumo de
energia o período entre 18h e 22h. Na realidade, esse pico de consumo
tem se antecipado para a tarde, entre as 14h e as 19h.
“Na realidade, estamos pagando no horário errado”, disse ontem o
ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Nas contas dele, a mudança
do horário pode gerar uma carga extra de 8 mil megawatts (MW).
Nos horários de pico, indústria e comércio pagam mais caro pela
energia consumida. Por isso, vinham utilizando geradores e outros meios
de auto-produção de energia para reduzir seus gastos com conta de luz. É
justamente esse movimento que o governo pretende captar para o início
da tarde, quando o consumo efetivo do País tem batido recordes. A
mudança depende de uma regulamentação da Aneel.
Fonte: Ceará Agora
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