O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nessa sexta-feira
(18/09), em Brasília, com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ). Preocupado com o avanço de um processo de impeachment contra a
presidente Dilma Rousseff, Lula pediu a Cunha que segure os pedidos de
afastamento.
Na avaliação do ex-presidente, se um processo assim começar a tramitar
na Câmara, será muito difícil conter a pressão das ruas. Para Lula, a
situação de Dilma é “gravíssima” e o governo precisa do apoio do PMDB
para que a presidente consiga aprovar o pacote fiscal e terminar o
mandato.
Cunha rompeu com o governo em julho por avaliar que o Palácio do Planalto está por trás das acusações contra ele. O presidente da Câmara foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal, por corrupção e lavagem de dinheiro, no rastro do escândalo da Petrobras.
O presidente da Câmara recebeu nesta quinta-feira, 17, o aditamento ao
principal pedido de impeachment contra Dilma. A entrega foi feita pelo
jurista Miguel Reale Jr. e por uma filha de Hélio Bicudo – um dos
fundadores do PT -, com apoio dos principais líderes de partidos de
oposição, como o PSDB e o DEM, e de dissidentes da base aliada,
incluindo políticos do PMDB. O pedido diz que Dilma cometeu crime de
responsabilidade, cita o escândalo de corrupção na Petrobras e as
pedaladas fiscais.
O Tribunal de Contas da União (TCU) ainda examina as contas de Dilma. A
possível rejeição do balanço também poderá abrir caminho para abertura
de um processo de impeachment.
Fonte: Estadão
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