Uma rachadura
detectada em um dos pilares de concreto da barragem Castanhão, em agosto
de 2014, deve ser fechada no fim de fevereiro ou no início de março.
Mais de um ano depois da identificação do problema, o processo de
licitação para contratação da empresa a realizar o serviço ainda não foi
concluído. Apesar disso, o diretor geral do Departamento Nacional de
Obras Contra as Secas (Dnocs), Walter Gomes, garante que não há risco
iminente.
A fissura
encontrada no Castanhão tem aproximadamente 5 metros. Conforme Walter,
um estudo sobre o problema foi realizado, afastando a possibilidade de
riscos. O diretor geral afirma que a correção do problema é uma questão
de proteção e para evitar infiltração.
"Estamos
tranquilos com nossa responsabilidade. Em respeito à população, estamos
fechando para evitar qualquer tipo de comentário. Não é nada
assombroso", disse Walter ao O POVO Online.
Como a
licitação não foi concluída, ainda não há um valor fechado. Porém, o
diretor Walter Gomes prevê uma verba em torno de R$ 150 mil. Atualmente,
o Castanhão possui cerca de 705 milhões de m³. A capacidade total do
manancial é de 6,7 bilhões m³.
Documentos
A imprensa teve
acesso a documentos relatoriais do Dnocs sobre o problema no Castanhão.
Datado em 30 de setembro 2014 e assinado pelo coordenador geral do
Complexo Castanhão, José Ulisses de Souza, o relatório diz que a
rachadura foi encontrada em monitoramento no dia 20 de agosto.
Em 15 de
outubro de 2014, o coordenador da Coordenadoria Estadual do Dnocs no
Ceará, Daniel Lustosa, foi comunicado sobre os relatórios técnicos de 10
e 17 de setembro, após inspeções no açude. O documento solicitava
medidas urgentes.
"Diante da
importância do assunto em pauta e da necessidade urgente de decisões
relativas à segurança da citada barragem, solicitamos urgência nas
providências técnicas a serem tomadas por essa coordenadoria, no sentido
de resguardar a integridade da barragem", alertava o documento.
Em novembro de
2014, o coordenador estadual do Dnocs comunicou a Diretoria de
Infra-Estrutura Hídrica para as providências cabíveis. Em dezembro do
mesmo ano, o ministro de Estado da Integração Nacional, Francisco José
Coelho, também foi comunicado pelo diretor geral do Dnocs, Walter Gomes.
O Povo Online
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