quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Duelo interno entre Saruê e Afrânio mudam aparência do personagem de Antonio Fagundes

O duelo era quase injusto. Desde o início da segunda fase de Velho Chico, a força do coronelSaruê se sobrepunha a de Afrânio (Antonio Fagundes), como se  tivesse eliminado o jovem advogado que assumiu os de Sá Ribeiro após a morte de seu pai, Jacinto (Tarcísio Meira), o obrigando a viver uma outra personalidade. O peso da couraça do coronel apagou o homem que vivia nos braços de Iolanda (Christiane Torloninos tempos da Tropicália, lá em Salvador, no final da década de 60. Mas, enfim, esse jogo vai virar.


A menos de um mês do fim da novela, o diretor artístico Luiz Fernando Carvalho antecipa alguns desdobramentos do embate interno entre Afrânio e o Saruê, e explica como a exteriorização desta luta vai influenciar na aparência do vencedor deste duelo: a transmutação de um para o outro.

"Este Saruê era um homem que abriu mão de seus desejos, sonhos, criando para si uma máscara de coronel populista. Isso incluiu figurinos mais chamativos, postura egocêntrica, prepotente, além de ambiciosa e megalomaníaca. Ou seja: Afrânio substituiu o prazer de viver pelo prazer do poder de Saruê. Avesso à passagem do tempo, como quem busca uma imortalidade mítica, passou a usar sua inefável peruca como uma coroa patética, da qual vai se libertar em breve", explica Luiz Fernando Carvalho.

O ponto de virada

Esta mudança tem sido gradativa desde que o coronel revisitou a mesma bifurcação que o fez escolher pelo poder lá no passado [reveja as cenas abaixo], mas tem seu ápice na traição do "filho" que escolheu para ser seu: Carlos Eduardo (Marcelo Serrado). "A revelação da verdadeira face de traidor de Carlos vem à tona, carregando sua sede pelo poder, sua ambição e inescrupulosidade", pontua Luiz Fernando Carvalho.

Isso despertará, portanto, "a força da libertação de Afrânio através de uma luta interna imensa, que findará com sua vitória, desvencilhando-se de toda a alegoria do poder construída por Saruê", antecipa o diretor artístico, que prevê as gravações de Antonio Fagundes como Afrânio sem "aparatos" do coronel, como a peruca e as cores marcantes.
O resgate de seu rumo
Liberto de Saruê, Afrânio voltará a ter a consciência de seus erros e de sua escolha equivocada diante da bifurcação que surgiu em sua vida desde a morte do pai. E, de acordo com Luiz Fernando Carvalho, "ele, agora, escolherá a direção certa a seguir. Abandonando o coronelismo, neste novo caminho, o amor por Iolanda o guiará!"
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