Já o Orós perde o dobro do volume por mês e Eixão das
Águas está em cota próxima à mínima. Desde que passou a mandar água para o
Castanhão, para que possa a manter fluxo para Fortaleza, o açude está perdendo
por mês o dobro do que reduzia nos meses anteriores.
Hoje com 359 milhões de metros cúbicos (18,5% da
capacidade), a previsão é de que até o final de dezembro o reservatório esteja
próximo do pior volume em 12 anos, quando em 14 de janeiro de 2004 esteve com
306 milhões de metros cúbicos(15,73%).
Enquanto isso, o Castanhão, com 381,4 milhões de
metros cúbicos (5,69%) está com cota de 73,3 metros, sendo a cota mínima para
operação no Eixão das Águas de 71 metros. Ou seja, limite para abastecimento em
Fortaleza e Região Metropolitana está nos 2,3 metros acima de água passando
pelo canal.
A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh)
reafirma a preocupação com os índices. Se não houver recarga logo no início de
2017, caminha-se para a certeza do colapso.
Tem pelo menos três anos, dos cinco anos de seca, que
os reservatórios do Ceará estão em situação predominantemente crítica. O
Castanhão deixou de ser o gigante e as atenções ao Orós são a última contagem
regressiva para o colapso de abastecimento.
Antes de mandar água para o Castanhão, o Orós perdia
por mês um volume de 20 milhões de metros cúbicos. De agosto para setembro,
saiu de 445 milhões de metros cúbicos para 423,43 milhões - de setembro para
outubro, a perda passa para 383,53, praticamente o dobro da redução que ocorria
nos meses anteriores.
Diário do Nordeste
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