Cientistas dos Estados Unidos encontraram evidências de que
o vírus da zika pode continuar a se replicar no cérebro de bebês até sete meses
após a infecção da mãe. Eles mostraram que o vírus pode continuar a agir mesmo
após o nascimento dos bebês.
O estudo foi publicado pelos Centros de Controle e Prevenção
de Doenças (CDC, sigla em inglês), órgão americano que acompanha e impulsiona
pesquisas sobre o vírus. Foram testados tecidos de 52 pacientes. Destes, oito
eram de crianças com microcefalia que morreram e 44 eram de mulheres suspeitas
de terem sido infectadas pelo zika durante a gravidez.
O vírus da zika foi encontrado em todos os cérebros de bebês
com microcefalia e em 24 das placentas de mulheres. O resultado sinaliza uma
maior permanência do vírus em tecidos humanos.
"Nossos resultados mostram que o zika pode continuar a
se replicar nos cérebros dos bebês, mesmo após o nascimento, e que o vírus pode
persistir em placentas por meses - muito mais tempo do que esperávamos",
disse em comunicado Julu Bhatnagar, chefe da equipe de patologia molecular em
doenças infecciosas dos CDC.
Microcefalia após nascer
Outro estudo publicado no final de novembro, com
contribuições de médicos e pesquisadores de Pernambuco, Goiás, Ceará e Estados
Unidos, mostrou 13 casos de bebês infectados pelo vírus da zika que nasceram
aparentemente saudáveis e depois desenvolveram a microcefalia.
Segundo o estudo, a desaceleração do crescimento da cabeça
foi verificada a partir do 5º mês. Sete dos 13 bebês sofreram de epilepsia e
"todos tinham problemas de motricidade similares aos de uma paralisia
cerebral", acrescentou o estudo.
G1
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