Entre as dez cidades com os melhores Índices de
Oportunidades da Educação Brasileira (Ioebs), sete são do Ceará. Pela segunda
vez, o município de Sobral, na Região Norte, conquistou o melhor a nota,
atingindo 6,2 — acima da média nacional (4,7) e do índice estadual (4,9). O
Estado obteve o sexto melhor índice, em ranking liderado por São Paulo.
Os dados, divulgados ontem, são produzidos pelo Centro de
Liderança Pública (CLP) e envolvem indicadores desde a educação infantil até o
ensino médio, das redes públicas e privadas.
Além de Sobral, compõem a lista dos municípios mais bem
classificados, Frecheirinha (2º), com 6, Nova Olinda (3º), com 5,9, e Brejo
Santo (4º), também com 5,9. Ainda na lista estão Coreaú (8º lugar), Reriutaba
(9º) e Novo Oriente (10º), todos com nota 5,7.
Desde a implantação dessa política (PAIC), que começou com a
alfabetização e foi ampliada até o 9º ano do ensino fundamental, um avanço
significativo pode ser visto
Conforme indica a descrição da pesquisa, o Ioeb é um índice
que calcula a qualidade das oportunidades educacionais oferecidas por
municípios e estados. “O resultado aponta quanto cada município será
determinante para o sucesso educacional das pessoas que vivem ali”. Para isso,
são levados em conta indicadores de resultado e de insumos, como qualidade dos
professores, experiência dos diretores, tempo de jornada na escola das crianças
e taxa de atendimento na educação infantil.
Definindo o indicador como mais abrangente que outros
índices, por levar em conta aspectos socioeconômicos, o titular da Secretaria
da Educação de Sobral (Seduc), Herbert Lima, credita os “resultados exitosos” à
política que é empreendida na Cidade há 20 anos.
Formação continuada e reconhecimento salarial de professores
e processos de gestão pautados em processos seletivos e desenvolvimento de
material didático que apoie o trabalho do professor são elementos apontados
como justificativa.
“Temos ainda margem de crescimento. Estamos em curso com
ações como a implementação de um novo currículo de língua portuguesa e
matemática; construindo um novo documento curricular e novas metodologias
voltadas para o ensino de ciências em parceria com Universidade Stanford, nos
EUA; vamos implantar laboratórios de tecnologia e ciências das escolas. Além
disso, vamos inserir na formação dos alunos as competências socioemocionais,
dentro de uma perspectiva da qualificação do cidadão, do relacionamento com o
outro”, indica o secretário.
Por meio de nota à imprensa, o titular da Secretaria
Estadual da Educação, Idilvan Alencar, dá ao Programa Alfabetização na Idade
Certa (Paic) os créditos para o bom resultado no levamento. “Desde a
implantação dessa política, que começou com a alfabetização e foi ampliada até
o 9º ano do Ensino Fundamental, um avanço significativo pode ser visto”, disse.
Fortaleza
Passando do 15º para o 13º no ranking das capitais,
Fortaleza obteve melhoras no índice, passando de 4,1 em 2015, para 4,5. O
número é o segundo melhor do Nordeste, atrás de Teresina. Para Osvaldo
Negreiros, coordenador do Ensino Fundamental da Secretaria Municipal da
Educação (SME), o avanço se dá pela união de “política para formação do
professor, maior tempo de carga horária dos alunos em sala de aula, com a
priorização do ensino em tempo integral, e o acompanhamento dos rendimentos dos
alunos, que impacta no fluxo dos índices de abandono, evasão e reprovação
escolar”.
O Povo
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