quinta-feira, 11 de abril de 2024

Casos de AVC no mundo podem estar associados às mudanças climáticas


Mais de meio milhão de mortes por acidente vascular cerebral (AVC) podem estar associadas às mudanças climáticas, sugere um artigo publicado na Neurology, revista médica da Academia Norte-Americana de Neurologia. Segundo os pesquisadores, nas últimas três décadas, os anos com temperaturas mais baixas ou mais altas que a média registraram o maior número de óbitos ou incapacidade pela condição. O estudo é observacional, ou seja, não estabelece causa e efeito.

“As mudanças dramáticas de temperatura nos últimos anos afetaram a saúde humana e causaram preocupação generalizada”, disse, em nota, o autor do estudo, Quan Cheng, do Xiangya Hospital Central South University, em Changsha, China. “O nosso estudo descobriu que estas mudanças de temperatura podem aumentar a carga de AVC em todo o mundo, especialmente em populações mais idosas e em áreas com mais disparidades nos cuidados de saúde.”

Com temperaturas mais baixas, os vasos sanguíneos de uma pessoa podem se contrair, aumentando a pressão arterial. A hipertensão é um fator de risco para acidente vascular cerebral. Ao mesmo tempo, um calor anormal pode causar desidratação, afetando os níveis de colesterol e resultando em fluxo sanguíneo mais lento, fatores que também podem desencadear o AVC.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram 30 anos de registros de saúde de mais de 200 países e territórios. Eles examinaram o número de mortes por AVC e a carga de incapacidade relacionada ao AVC devido a temperaturas não ideais. “É necessária mais investigação para determinar o impacto da mudança de temperatura no AVC e encontrar soluções para abordar as desigualdades na saúde”, disse Cheng. “A investigação futura deverá ter como objetivo reduzir esta ameaça.”

(*)com informação do Jornal CB

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