Um estudo iniciado em 2019, tem demonstrado o potencial regenerativo da pele da tilápia no tratamento de lesões oculares em cães e gatos, fazendo os animais voltarem a enxergar. Desde seu primeiro teste, já foram registrados mais de 400 procedimento bem-sucedidos no Ceará.
O tratamento tem um tempo médio de 40 dias e a técnica desenvolvida utiliza uma matriz dérmica acelular, um produto derivado da pesquisa com pele da tilápia no Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento de Medicamentos (NPDM), na coordenação do Dr. Edmar Maciel, da Universidade Federal do Ceará (UFC). O material serve como um suporte para a regeneração das células da córnea, permitindo um processo de cura mais eficiente e com menos complicações.
Como surgiu a ideia
De acordo com a Universidade Federal do Ceará, “as pesquisas trabalhavam sob a perspectiva de aplicação apenas no tratamento de queimaduras de segundo grau e em feridas agudas ou crônicas. Até então, a medicina brasileira não dispunha de nenhuma cobertura cutânea temporária de origem animal para o tratamento dessas lesões – à diferença, por exemplo, dos Estados Unidos, onde a pele de porco é utilizada para essa finalidade e em larga escala. A importação do produto norte-americano nunca se mostrou comercialmente viável no Brasil, e a pele da tilápia, então, surgiu como uma alternativa revolucionária para preencher essa lacuna”.
Informações – Universidade Federal do Ceará
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