Mais de 1 milhão de brasileiros entre 15 a 49 anos foram diagnosticados com infecção sexualmente transmissível (IST) no país, entre 2022 e 2024, e a sífilis é uma das mais frequentes. Pesquisadores financiados pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos Estados Unidos descobriram que uma única injeção do antibiótico penicilina G benzatina (BPG) tratou a doença em estágio inicial com resultados positivos. As descobertas, de um ensaio clínico em estágio avançado, sugerem que a segunda e a terceira doses da terapia convencional com BPG não são tão necessárias quanto se imaginava.
Segundo os autores do estudo, os resultados “fornecem evidências substanciais” de que a dose única de BPG 2,4 MU é tão eficaz quanto as três habituais no tratamento da sífilis inicial. Mais pesquisas são necessárias para compreender todo o potencial da estratégia de tratamento abreviado e avaliar abordagens terapêuticas para todos os estágios da doença, incluindo tardio, latente de duração desconhecida e neurossífilis clínica.
A pesquisa foi conduzida em 10 locais nos Estados Unidos com 249 participantes com sífilis inicial, que abrange os estágios primário, secundário e latente. Nos resultados, 76% dos participantes que receberam dose única apresentaram resposta sorológica. Um voluntário desenvolveu sinais de neurossífilis três dias após o início da terapia com BPG e foi excluído da análise.
Perigos da Síflis
Estudos recentes mostram que a sífilis também pode aumentar a probabilidade de uma pessoa adquirir ou transmitir o HIV, o vírus da aids. O BPG é um dos poucos antibióticos conhecidos por tratar a doença com eficácia, e a falta de estoque é comum no mundo. O antibiótico está sendo importado para os Estados Unidos para resolver uma escassez nacional.
Informações – Correio Braziliense

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