quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

MPF quer anular 14 questões do ENEM no País


O Ministério Público Federal (MPF) recomendou, nesta terça, 06, ao Ministério da Educação (MEC) que se estenda para todo o País a anulação das 14 questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que foram invalidadas para os alunos do Colégio Christus. A informação é do procurador da República no Ceará, Oscar Costa Filho, em coletiva concedida à imprensa.

Segundo o procurador, as investigações desenvolvidas pela Polícia Federal, que deveriam ter sido encerradas no dia 30 passado, foram prorrogadas por mais um mês. Isso porque a tomada de depoimentos na PF acerca das irregularidades no concurso apontam indícios de que as falhas podem não ter ocorrido apenas em Fortaleza e nem durante a fase da elaboração do pré-teste, que serve para a elaboração do Banco Nacional de Item (BNI) do Enem.

"Os indícios são de irregularidades na fonte", disse o procurador, antecipando a possibilidade de repasse de informações privilegiadas envolvendo o MEC e Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas). Com isso, o procurador pondera, ainda, que não há garantir de que a antecipação do conteúdo em provas divulgadas pelo Colégio Christus não tenho se repetido em outras Capitais do País.

O ofício expedido, ontem, pela procuradora da República Maria Candelária Di Ciero pede também que a investigação do vazamento das questões seja de competência da Polícia Federal em Brasília, e não em Fortaleza. No documento do Ministério Público Federal endereçado à presidente do Inep, Malvina Tânia Tuttuman, é solicitado que as providências sejam adotadas em um prazo de 10 dias. Do contrário, adiantou Oscar Filho, a saída será o MPF impetrar ação civil pública na Justiça requerendo a anulação das 14 questões em âmbito nacional.

No documento, a procuradora argumenta que devem ser investigados os cerca de 10 servidores e revisores do Inep, que participaram do processo de elaboração e seleção dos itens do pré-teste para compor a elaboração das provas do Enem.

Vale lembrar que a última decisão da Justiça havia mantido a anulação das 14 questões somente para 639 alunos matriculados no 3° ano do Ensino Médio do Christus. Os alunos do colégio teriam tido acesso antecipado às questões do Enem por meio de uma apostila distribuída pela escola dias antes da realização dos exames.

Fonte: TV Russas

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