terça-feira, 1 de maio de 2012

Cariri: Produção de rapadura ameaçada por falta de incentivo e de chuva

A produção de rapadura no Nordeste é secular. Inicio-se junto com o Ciclo do Açúcar, ainda no tempo do império e fez do Ceará o maior fabricante do produto no país, tendo o Cariri como destaque nessa produção. Mas ao longo dos anos a região e o estado viram essa cultura definhar ano após ano, ao ponto de quase desaparecer. No inicio do século passado, somente na cidade de Barbalha, existiam mais de 126 engenhos de rapadura, segundo os atuais proprietários de engenhos, e hoje esse número não passa de seis ou sete, ainda em funcionamento.

Filho de uma família tradicional de “senhores de engenho”, o dono do Sitio Santa Terezinha, Antônio Sampaio se emociona quando fala dos tempos em que os engenhos tinham vida, onde os trabalhadores realizavam suas funções com alegria e a comercialização das rapaduras e batidas ultrapassavam o continente.

Seu Antonio, que recebeu o engenho de seu pai, já não acredita na sobrevivência dos engenhos na região. Os motivos para essa descrença são muitos. Falta incentivo do governo, falta interesse dos empresários, faltam empregados e, principalmente, falta de chuva. “Tá chegando o momento em que não poderemos mais sobreviver dos engenhos de rapadura. A cana-de-açúcar tá falida na região. Isso sem falar que não vem nenhum incentivo da parte governamental”, lamenta.

Fonte: cearaagora.com.br

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