quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Governo prorroga por mais dois meses redução de IPI para veículos

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação, por dois meses, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para automóveis. O benefício acabaria na sexta-feira (31), mas foi extendido até o fim de outubro. Além dos veículos, o governo renovou benefícios fiscais para mais três tipos de produtos: eletrodomésticos da linha branca, móveis e materiais de construção.

Em entrevista a imprensa da capital cearense no início de agosto, o vice-presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores do Ceará (Fenabrave-CE), Raimundo Brasileiro, afirmou que o IPI menor ajudou o mercado a recuperar o prejuízo enfrentado de janeiro a maio de 2012 e, por isso, defendia a prorrogação para que o mercado cearense continuasse a comercializar uma média de 6 mil veículos a cada mês.

Na época, ele revelou também que a maior parte das concessionárias estavam sentido dificuldades para atender a demanda de consumo durante esse período. “Existem veículos com prazo de até 60 dias para chegar ao consumidor, pois quase todos os modelos sofrem com a falta”, diz.

Arrecadação 

As medidas farão o governo deixar de arrecadar R$ 1,6 bilhão em 2012 e R$ 3,9 bilhões em 2013. Os eletrodomésticos da linha branca (fogões, geladeiras, tanquinhos e máquinas de lavar) e móveis, painéis e luminárias continuarão com alíquotas reduzidas até 31 de dezembro. A desoneração da linha branca também acabaria na sexta-feira, e o benefício para os móveis vigoraria até 30 de setembro.

Com impostos reduzidos há três anos, os materiais de construção terão o benefício prorrogado por mais 12 meses, até dezembro de 2013. O governo incluiu ainda quatro tipos de materiais na lista de produtos com IPI menor: pisos laminados, pisos de madeira sólida, piso vinílico e drywall (placas de gesso instaladas em paredes). O governo prorrogou ainda em um ano a alíquota zero para sete tipos de bens de capital (máquinas e equipamentos usados para produção). O benefício foi estendido até 31 de dezembro de 2013, uma renúncia estimada de R$ 1,1 bilhão no próximo ano.

De acordo com Mantega, as prorrogações foram necessárias para estimular o consumo num momento em que a economia ainda está se recuperando da desaceleração do início do ano. Segundo ele, em diversos casos, como nos do material de construção e de móveis, os consumidores costumam planejar as compras com meses de antecedência, por isso, o governo decidiu estender a desoneração para permitir a recuperação das vendas antes do fim do ano. “Quem precisa fazer obras em casa não faz compra imediata. Às vezes, leva de oito a dez meses para gastar. O privilégio vai ser mantido para dar tempo de todo mundo fazer a reforma”, destacou.

Com informações da Agência Brasil

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