O Flamengo está de luto nesta segunda-feira. Com passagens pelo
clube rubro-negro como treinador e jogador, Carlinhos morreu
de insuficiência cardíaca aos 77 anos no Rio de Janeiro. O clube,
através de nota oficial, confirmou a morte de Luiz Carlos Nunes da
Silva, conhecido como Carlinhos Violino.
O apelido de Carlinhos foi dado em homenagem à elegância e à precisão
em campo. Ele atuou como volante pelo Flamengo de 1958 a 1969, quando
participou das conquistas de dois campeonatos estaduais e do Torneio
Rio-São Paulo de 1961.
Carlinhos, que recebera as chuteiras de Biguá, quando garoto, na
despedida do jogador em 1954, repetiu o gesto em sua aposentadoria como
atleta. O volante se despediu dos gramados passando seu instrumento de
trabalho para um garoto promissor da Gávea - Arthur Antunes Coimbra, o
Zico.
Já como ex-atleta, Carlinhos se manteve ativo no futebol e no dia a dia
do Flamengo. Como treinador, somou sete passagens pela Gávea. Pela
habilidade de contornar crises, ficou conhecido internamente como
"bombeiro", sempre disposto a aliviar as dificuldades da equipe em
momentos importantes.
Carlinhos teve passagem vitoriosa pelo Flamengo também como treinador.
Foi campeão brasileiro em duas oportunidades: 1987 e 1992. Também
conquistou o Campeonato Carioca em 1999 e 2000. Para completar, venceu a
Copa Mercosul de 1999.
Em 2011, Carlinhos Violino foi homenageado com a inauguração da "Praça
Carlinhos", que fica ao lado do ginásio Togo Renan Soares, na Gávea. No
local, também foi instalado um busto de bronze do ex-jogador e
treinador.
Gilmar Rinaldi, coordenador de seleções da CBF atualmente e atleta de
Carlinhos no Rubro-Negro no início da década de 90, se emocionou ao
comentar sobre a morte do ex-treinador do clube no Chile.
"É um dia triste demais para o futebol. Fico emocionado, sim. Difícil
até falar. Fiquei sabendo agora pela manhã. Mais que um grande
treinador, o futebol perde uma grande pessoa. Foi uma cara que conseguiu
mostrar que as coisas muito simples podem funcionar no esporte. Por
exemplo, eu nunca vi ele dar um grito. Um cara muito gentil, educado,
inteligente e que não perdia o respeito. Chocou muito essa perda. Já
estávamos tristes pela doença dele", lamentou o cartola.
Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
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