Os pacientes que buscam atendimento de urgência em Maceió (AL)
enfrentam problemas no único hospital público que presta este tipo de
atendimento na capital, o HGE (Hospital Geral do Estado), localizado no
bairro Trapiche da Barra. As enfermarias do hospital estão superlotadas e
pacientes são atendidos no chão por falta de leitos. Diversos vídeos foram publicados em redes sociais mostrando pacientes sendo atendidos no chão.
Imagens feitas por funcionários do HGE mostram a situação crítica da
área vermelha do hospital (onde estão os pacientes mais graves). Macas
estão empilhadas e quase não há espaço para circulação dos profissionais
para atender os pacientes. Pacientes aparecem em cima dos colchões sem
lençol e um homem que teve parada cardíaca recebe socorro médico no chão.
O presidente do Sinmed, Wellington Galvão, critica a sobrecarga do HGE
porque o Estado não construiu um novo "É inadmissível uma capital com
quase um milhão de habitantes ter apenas um hospital público para
urgência e emergência. O HGE vive superlotado e quando chamamos a
imprensa, o Estado dá alta ou transfere os pacientes para a rede privada
para não haver flagrante dos problemas do local", criticou o presidente
do Sinmed, Wellington Galvão.
Maceió é a única capital do Nordeste que não tem uma UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) em funcionamento,
pois aguarda, há quase dez meses, o início dos atendimentos de duas
unidades construídas pelo governo estadual nos bairros Trapiche da Barra
e Benedito Bentes. As UPAs aguardam a contratação de duas Organizações
Sociais para gerir a administração. Em março, o município prometeu que
as UPAs entrariam em funcionamento nos meses de abril e de junho,
respectivamente, o que não ocorreu. Cada unidade tem capacidade para
atender até 450 pacientes de emergência, por dia.
Desde junho
deste ano a unidade tem registrado aumento no número de atendimentos.
Segundo o HGE, no mês de maio foram registrados 11 mil atendimentos,
enquanto nos meses de junho e julho o número de pacientes aumentou para
quase o dobro, com o registro 20 mil e 17 mil, respectivamente. De
acordo com um balanço prévio do mês de agosto, o número de atendimentos
diários passou de 450 para cerca de 600, informou o HGE.
Sobre
as UPAs, a prefeitura de Maceió informou que a Secretaria Municipal de
Saúde assinou o contrato com a OS Isac (Instituto Saúde e Cidadania) no
mês de junho para iniciar a gestão da UPA do Trapiche da Barra. Segundo a
prefeitura, o processo sofreu atraso porque outra empresa concorrente
foi desclassificada e ingressou com recurso na Justiça. Porém, a
"seleção de pessoal está em andamento, conforme cronograma do contrato
com a Isac".
Em relação à UPA do Benedito Bentes, a prefeitura
afirmou que "duas empresas foram consideradas aptas para gerir a unidade
e as propostas estão sob análise, dentro do prazo legal da
licitação". A prefeitura não informou quando as UPAs iniciarão os
serviços.
Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br
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