Em Granja, no norte do Ceará, a barragem Lima Brandão
sangrou nesta quinta-feira (21). De acordo com monitoramento da Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) até o início da tarde
desta quinta-feira, choveu 116,7 milímetros no município, a maior chuva
registrada este ano em Granja. Considerando as chuvas registradas em todo o
Ceará, essa foi a terceira maior precipitação do estado.
Ceará
Choveu em 146 dos 184 municípios do Ceará até o início da
tarde desta quinta-feira (21), segundo boletim da Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A chuva de maior intensidade
ocorreu no município de Crateús, no sertão cearense, de 166 milímetros. Na
capital, a chuva foi de 95 milímetros.
Segundo a Funceme, a chuva foi intensa também nos municípios
de Amontada (155mm), Trairi (150mm), Granja (116,7mm), Arneiroz (112,3mm),
Barroquinha (112mm), Ipaporanga (110mm) e Senador Sá (110mm). Segundo a Funceme, a previsão para esta
sexta-feira (22) e de nebulosidade variável com chuva em todas as regiões
cearenses no decorrer do dia.
Pré-estação e quadra chuvosa
O sistema atmosférico vórtice ciclônico de altos níveis,
típico de pré-estação chuvosa do Ceará, é o que influencia para a ocorrência
das chuvas no estado neste mês. O vórtice, no entanto, não interfere na quadra
chuvosa, segundo a Funceme.
“Se tivermos dezembro e janeiro com muitas precipitações ou
com poucas precipitações, isso não terá impacto na qualidade da quadra chuvosa,
entre fevereiro e maio. Não existe essa relação. São sistemas meteorológicos
diferentes. Na pré-estação, temos atuação de Vórtices Ciclônicos de Altos
Níveis e na quadra chuvosa a principal atuação é da Zona de Convergência
Intertropical. As condições para a atuação desses sistemas são diferentes”,
ressalta o presidente da Funceme, Eduardo Sávio Martins.
Apesar das chuvas no últimos dias, nos meses de fevereiro,
março e abril – o chamado período chuvoso no Ceará - a chance de ter chuva
abaixo da média histórica é de 65% . Serão 25% para a categoria em torno da
média e apenas 10% na categoria acima da média histórica no período. Se
confirmado, o Ceará entrará no maior ciclo de seca desde 1910, de cinco anos.
G1/CE
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