Não havia ido trabalhar o
operário que era tido como desaparecido no desabamento nas obras de duplicação
da ponte sobre o Rio Cocó, ocorrido na noite desta segunda-feira, 22. A
informação foi confirmada pela Secretaria Municipal da Infraestrutura (Seinf). Com
isso, as buscas por vítimas foram cessadas pelo Corpo de Bombeiros, apesar da
disponibilidade da corporação para ajudar na retirada dos escombros do local.
Três guindastes devem ser usados na remoção dos escombros. Os corpos dos dois
funcionários vitimados na queda foram retirados do canal por volta das 3 horas
da madrugada desta terça-feira, 23. Eles foram identificados pela Seinf como
Francisco Flávio e Oliveira Andrade Braga.
Desde as 6 horas desta
terça-feira, o trânsito de veículos está liberado na região. Apesar disso, no
local, estão presentes agentes da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços
Públicos e Cidadania (AMC). A autarquia disponibiliza na região uma viatura e
seis motos. Materiais usados na obra estão nas ruas do entorno dificultando o
tráfego. O engarrafamento na região é tido como normal para uma manhã por
agentes que lá estão lotados, sobretudo, no sentido praia-sertão.
Conforme Victor Frota, presidente
do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), o laudo explicando as
causas do desabamento tem prazo de 30 dias para ser concluído. Porém, o tempo
pode ser ampliado pro causa da "complexidade" da obra, afirma Victor.
O presidente do Crea descartou riscos de novo desabamento. Segundo ele, a
estrutura da obra foi escolhida por ser a "mais segura" em casos de
construções em regiões como rios canalizados. "Em coisa de segundos, o
escoramento desmoronou. Não é algo que se observe com antecedências",
afirmou. A comissão responsável pela fiscalização da obra é de obrigação do
contratante, no caso, a Prefeitura de Fortaleza.
O POVO Online, com informações da
repórter Luana Severo
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