A terra volta a
tremer no Interior do Ceará. Na tarde deste domingo, por volta das
17h30 moradores da zona rural dos municípios de Solonópole, no Sertão Central, e de Jaguaribe, no Vale Jaguaribano, sentiram um forte estrondo e alguns relatam que a terra tremeu.
Segundo o vereador, Thiago Bastos, de Solonópole, o tremor foi sentido nas localidades de Maretas, Bom Jardim, Nova Olinda, Poço do Bento e São Luiz de Solonópole e no distrito de Nova Floresta, que pertence a Jaguaribe.
Segundo o vereador, Thiago Bastos, de Solonópole, o tremor foi sentido nas localidades de Maretas, Bom Jardim, Nova Olinda, Poço do Bento e São Luiz de Solonópole e no distrito de Nova Floresta, que pertence a Jaguaribe.
“Os moradores relataram que
ocorreu primeiro um intenso estrondo, um barulho forte como se fosse um trovão
e depois a terra tremeu um pouco, mas foi rápido, dois segundos”, contou
Bastos. “Muitos ficaram com medo, mas não houve registro de rachaduras ou outro
dano material”.
De acordo com o Centro de
Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), o tremor de terra foi registrado
em Solonópole , em uma profundidade de cerca de 10km e uma magnitude de 3.2
O agricultor, Francisco Rozileudo
Moreira, do sítio Nova Olinda, zona rural de Solonópole, confirmou que houve um
forte barulho, seguido de tremor.
“Foi muito rápido, veio aquele
barulho, que parecia um trovão e depois senti a terra tremer debaixo dos pés”,
contou.
ABALOS NO CEARÁ
De janeiro a outubro de 2015,
foram registrados dez tremores de terra no Ceará de magnitude entre 2.2 e 3.2
graus na Escala Richter, sentidos pelas pessoas nas áreas atingidas, e mais 30
secundários, muitas vezes não perceptíveis pela população.
A maior incidência naquele
período de 2015 foi em Irauçuba e o maior tremor registrado foi de 2.8 graus.
Ceará e Rio Grande do Norte são
áreas de maior ocorrência de abalos sísmicos no Nordeste.
CLASSIFICAÇÃO DOS TREMORES
Escala Richter
3 a 3,9 graus – são percebidos
pelos humanos, mas não causam danos materiais. 4 a 4,9 graus – eventualmente
provocam estragos em carros e vidros. 5 a 5,9 – causam danos em construções
sólidas, rachaduras. 6 a 6,9 – causam estragos em um raio de 100 km, destroem
pontes e estradas. 7 a 7,9 – são dez vezes mais fortes do que os de magnitude
6. 8 em diante – são catastróficos, destroem cidades e causam morte.
TREMORES NO CEARÁ
Mais de 40 municípios já
registraram tremores de terra no Ceará. O primeiro registro é de 1807, em
Pereiro. O maior abalo das regiões Norte e Nordeste ocorreu em Pacajus, em
1980, com 5,2 graus na Escala Ritcher. “É um fenômeno recorrente, e não
previsível”, explicou Ferreira. O Estado tem cinco estações sismóligicas
permanentes em Morrinhos, Sobral, Cascavel, Pedra Branca e Mauriti, que
integram uma rede brasileira de sismologia operada em parceria entre a UFRN, a
Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Nacional de Brasília (UNB) e o
Observatório Nacional no Rio de Janeiro. Há ainda uma unidade isolada de
observação no Açude Castanhão.
Diário do Nordeste
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