Pela primeira vez em quase 35 anos, a Fórmula 1 realizará
uma corrida sem um piloto brasileiro no grid. Felipe Massa, que havia se
sentido mal após o segundo treino livre para o GP da Hungria, ainda na
sexta-feira, voltou a sentir um mal-estar neste sábado, na última atividade
antes do treino classificatório. Assim, o paulista decidiu em conjunto com a
Williams não participar da definição do grid, já que esta é uma prova de muito
desgaste físico, o que fica ainda mais latente com as altas temperaturas do verão
no país europeu. Consequentemente, Massa não participará da corrida no domingo,
em Budapeste, dando lugar ao reserva da equipe britânica, Paul di Resta, que
atualmente corre pela Mercedes na DTM (categoria alemã de turismo). Apesar de
treinar em simuladores da escuderia de Grove, Di Resta nunca guiou o carro de
2017, tendo pilotado um F1 pela última vez no GP do Brasil de 2013, quando era
titular da Force India.
De acordo com as primeiras informações, Felipe está sentindo
vertigem e muitas dores de cabeça, além de "alguma coisa nos
ouvidos", como relatou Claire Williams, chefe do time, em entrevista.
Enquanto especula-se uma possível crise de labirintite, um exame mais completo
será realizado apenas após a corrida. O piloto brasileiro ainda não concedeu
entrevistas, mas Claire comentou a decisão de substituir Massa por Di Resta.
- Infelizmente o Felipe não está se sentindo bem o
suficiente para guiar para o nosso time pelo resto do fim de semana. Como vocês
sabem, ele se sentiu mal no 2º treino livre de ontem. Ele fez alguns testes no
centro médico e depois no hospital e foi liberado para participar do 3º treino,
mas no começo ele voltou a se sentir mal. Ele está sofrendo uma vertigem,
alguma coisa nos ouvidos, mas eu não sei os termos médicos ao certo. Mas ele
precisa de mais exames, que ele fará depois do GP. O time, em conjunto com
Felipe, tomou a decisão de que ele não fará parte da classificação (neste
sábado) e da corrida amanhã.
Massa, aliás, parece não ter sorte alguma na pista húngara.
Em 2008, quando o piloto liderava a prova e brigava pelo título, seu motor
explodiu a três voltas do fim da prova. No ano seguinte, o brasileiro sofreu o
pior acidente da carreira ao ser atingido por uma mola que se soltou do carro
de Rubens Barrichelo, precisando passar por cirurgia e ficar afastado das
pistas pelo resto daquela temporada.
G1
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