A Funceme divulgou ontem a previsão de chuvas para o ano de 2015 para o estado do Ceará. Os modelos apontam 64% de chances do acumulado de precipitações dicar abaixo da média histórica, nos meses de fevereiro, março e abril.
Conforme a assessoria de comunicação da Funceme, o Governo do Estado já planeja medidas para uma melhor convivência com a seca em 2015. O motivo da preocupação diz respeito ao resultado das análises feitas pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Como o prognóstico climático aponta para o próximo trimestre e a quadra chuvosa oficial no Ceará engloba os meses de fevereiro, março, abril e maio, a Funceme fará, no fim de fevereiro, nova avaliação dos modelos para apontar as probabilidades de como serão as precipitações acumuladas de março a maio.
Importante ressaltar que a Funceme já havia, em novembro de 2013, antecipado aos setores do Governo a preocupação com a persistência da estiagem em 2015, que chega ao quarto ano consecutivo. Agora, a instituição cearense mostra forte sinal de que as precipitações acumuladas no período dos próximos três meses não atinjam a média histórica, que é de 517,6mm.
O prof. Eduardo Sávio salienta “Estamos com uma previsão objetiva, com base nos modelos do Superconjunto Nacional e composto pela modelagem global da Funceme juntamente com o Centro de Previsão do Tempo de Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC/INPE) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Chegamos nesse patamar de 64% de chance de ser um ano seco e acreditamos que essa informação será bem utilizada pelos gestores estaduais. Já passamos da época em que esperávamos o fim da quadra chuvosa para começar a agir”. Para o prof. Eduardo Sávio, as ações estaduais para amenizar os efeitos da estiagem estão na direção correta, mas podem ser ainda mais eficientes se articuladas com os governos dos estados nordestinos e com a União. “Para isso estamos perto de tornar operacional o Monitor de Secas do Nordeste, que é um mapa colaborativo com informações sobre a severidade da seca fornecidas mensalmente pelos estados e coordenada pelo Governo Federal. É um importante passo para a criação de políticas públicas de convivência com a seca”.
Conforeme a Assessoria de Comunicação da
Funceme, o Governo Estadual, sensibilizado pela gravidade do panorama da
seca no Ceará, que chega em 2015 ao quarto ano consecutivo, enxerga a
importância do prognóstico e trata a questão dos recursos hídricos como
prioridade. Atualmente, 176 dos 184 municípios cearenses têm decretos de
estado de emergência por consequência da estiagem. E a situação dos
açudes também preocupa, pois nos 149 reservatórios monitorados pela
Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), há disponíveis
somente 20,2% da capacidade de armazenamento de água. Há um total de 130
açudes, em várias regiões do Estado, cujos níveis estão abaixo dos 10%.
Fonte: Funceme/ Assessoria de Comunicação
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