Um caminhoneiro foi atropelado e morreu durante protesto na BR-392 em São Sepé,
município da Região Central do Rio Grande do Sul, na manhã deste sábado
(28). De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), ele participava
de uma manifestação que fechava a rodovia e acabou atingido por um
caminhão. O motorista fugiu sem prestar socorro à vítima. Cléber Adriano
Machado Ouriques, de 38 anos, morreu no local.
A mobilização dos caminhoneiros continua forte no estado, apesar das
determinações judiciais para que os pontos sejam desocupados. Pelo sexto
dia consecutivo, há pontos fechados em estradas estaduais e federais.
As interrupções causam desabastecimento e escassez de mercadorias e
houve prisões por vandalismo.
Conforme a PRF, o acidente ocorreu por volta das 7h. A vítima
participava do ato quando um caminhão chegou próximo ao ponto, no km
297. O condutor do veículo passou em alta velocidade pelo trecho, apesar
dos apelos do grupo.
A vítima e outros três manifestantes embarcaram em um carro e
perseguiram o caminhoneiro. O quarteto desceu do automóvel e tentou
impedir a passagem do caminhão. A vítima, segundo a PRF, se colocou em
frente ao veículo. O condutor não parou e acabou atingindo o colega. A
PRF ainda não localizou o atropelador.
O acidente gerou ainda mais protestos da categoria. Pela demora para a
chegada da perícia, manifestantes chegaram a discutir com policiais
rodoviários. As causas do acidente ainda serão apuradas.
Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência da República lamentou a
morte por atropelamento do caminhoneiro Cléber Adriano Machado Ouriques,
38 anos, na manhã de hoje na BR-392 em São Sepé, no estado. "Ao mesmo
tempo em que se solidariza com familiares e amigos, o governo federal
reforça o compromisso e a disposição para que a normalidade volte às
rodovias brasileiras", diz o texto.
Desde segunda-feira (23), caminhoneiros bloqueiam estradas federais e
estaduais do país como forma de protesto contra o aumento do preço do
óleo diesel, as más condições da pista e o alto preço dos transportes de
carga. Atualmente, há bloqueios em cinco estados brasileiros.
Fonte: G1
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