O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a
pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada
nesta segunda-feira (23/03), em que mais de 60% dos entrevistados
avaliaram negativamente o governo da presidenta Dilma Rousseff, é muito
semelhante à pesquisa anterior. “[A pesquisa] basicamente é igual à
pesquisa anterior. Não tem diferença nenhuma. É a margem de erro”, disse
Cunha.
Perguntado sobre dados da pesquisa que mostram que mais de 50% dos
entrevistados disseram ser favoráveis ao impeachment da presidenta,
Eduardo Cunha afirmou que não se pode tratar impeachment como recurso
eleitoral. “Está se vulgarizando muito essa palavra. Não podemos
vulgarizar aquilo que seja o impedimento de um presidente da República.
Eu acho que não cabe pedido de impeachment”, disse. Segundo ele, as
pessoas respondem sem conhecer o que é isso exatamente.
Ao falar sobre a pesquisa, o líder do governo, deputado José
Guimarães (PT-CE), disse que ela é praticamente a mesma coisa da
anterior. “Não pode se assustar com a voz das ruas. O que temos é que
fazer propostas que viabilizem esse diálogo com as ruas. Isso é o que
estamos fazendo. É um momento, é conjuntural”, disse.
Sobre medidas para melhor a imagem do Poder Legislativo, Cunha disse
que está pautando e votando temas de interesse da sociedade e que, com o
tempo e com as ações tomadas, a avaliação da imagem da Câmara vai
melhorar. Ele informou, ainda, que o Programa Câmara Itinerante está
voltado para melhorar a imagem da Casa.
Em relação à reforma política, o presidente da Câmara disse ser
contrário ao seu fatiamento para votação como estava propondo o relator
da matéria na comissão especial, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI).
“Você pode ter uma PEC [proposta de emenda à Constituição] inteira e
votar as partes dela através de DVS [destaques para votação em
separado]. Se for tramitar três PECs é para não sair nada”, disse.
Eduardo Cunha informou que sua intenção é que, depois de cumprida as
40 sessões para a tramitação da PEC na comissão especial, se a comissão
não tiver cumprido seu papel de terminar a votação, retornar o projeto
para o plenário. “Eu pretendo fazer uma semana de votação de reforma
política, começando segunda-feira e terminando até hora que acabar”,
disse.
Com informações da Agência Brasil
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