Os indícios que não teria água para irrigação, considerando como
fonte o açude Banabuiú, foi anunciado oficialmente pela COGERH, na sexta
(27), durante reunião de ajuste operacional da vazão do sistema
Eixão/Canal do Trabalhador/calha do rio Jaguaribe. A reunião aconteceu
no auditório da faculdade de filosofia Dom Aureliano Matos, onde havia
representantes dos comitês de bacias hidrográficas do Alto, Médio e
Baixo Jaguaribe bem como da Bacia do Banabuiú.
Antes
do debate com os diversos segmentos de usuários d’água do referido
sistema, os técnicos da Companhia das águas e da FUNCEME, apresentaram o
quadro da real situação dos três maiores açudes do Ceará, Castanhão,
Orós e Banabuiú e a previsão nada animadora de chuvas para os próximos
três meses (Abril, Maio e Junho), o estudo assegura que as precipitações
apontam para três cenários: 7% acima da média; 44% dentro da média e
49% abaixo da média histórica, afirmou a Fundação cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME. Já os dois maiores açudes,
estão em estado de alerta, e o terceiro está com apenas 1,7% d’água
acumulada considerando que o referido manancial tem capacidade para
armazenar 1.601.000.000m³ (Um bilhão e seiscentos e um milhões de metros
cúbicos). O Orós comporta 1.900.000.000 m³ (um bilhão e novecentos
milhões de metros cúbicos) já o Castanhão guarda 6.700.000.000 m³ (Seis
bilhões e setecentos milhões de metros cúbicos em sua bacia hidráulica.
A
reunião teve início por volta das 9h estendendo-se até às 16h
aproximadamente, os produtores do Perímetro Irrigado de Morada Nova –
PIMN e ribeirinhos do Banabuiú são os mais prejudicados com a seca,
considerando que a vazão atual é de 4m³/segundo destinado apenas para o
consumo humano e dessedentação animal. No segundo semestre de 2014, 710
famílias produtoras de arroz do PIMN por força de um acordo feito com o
governo, os irrigantes abdicaram do plantio, assim, a água foi destinada
a Fortaleza e ao Tabuleiro de Russas em contra partida receberão uma
compensação em dinheiro, segundo João Lúcio presidente de COGERH, o
governador Camilo Santana já autorizou o pagamento. Acordo similar
aconteceu em 2002 através do programa Águas do Vale.
O
debate fluiu como um rio caudaloso após chuvas torrenciais, ao final
acertado a vazão total do sistema de 21m³/seg. Esse volume será
destinado aos diversos usuários (SAAE, CAGECE, irrigantes, indústria e
carcinicultores), distribuído entre o Canal do Trabalhador, Calha do Rio
Jaguaribe e Eixão das Águas. A próxima reunião de alocação das águas
será após a quadra invernosa.
Fonte- TVJ
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