“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. O adágio passou a
ser imensamente desejado pelos alvinegros a partir deste sábado. É que o
Ceará conseguiu sua segunda classificação seguida para a decisão da
Copa do Nordeste. E a qualificação veio contra o mesmo rival de 2014, o
Vitória (também eliminado pelos alvinegros nas semi no ano passado e nas
quartas em 2013), após empate em 2 a 2, no Barradão (Vovô tinha a
vantagem do empate com gols, já que empatara em 0 a 0 na ida).
O clube cearense aguarda o resultado de Bahia x Sport (este seu algoz
na decisão de 2014), que jogam hoje, às 16h, na Fonte Nova, para saber
quem estará em seu caminho nas partidas dos dias 22 e 29 de abril.
No primeiro encontro, na última quarta-feira, 8, em Recife, houve empate em 0 a 0.
‘Iluminado’
E o jogo de ontem teve um “iluminado. Marinho, para muitos, uma opção
mais ousada do treinador Silas para substituir Wescley, lesionado,
acabou sendo escalado e foi protagonista do jogo.
Quem acompanhou a partida viu um primeiro tempo de poucas chances mais
agudas. Mas o Ceará, como só estaria eliminado diretamente se perdesse a
partida, soube conduzir o duelo com calma. Conseguia tocar a bola com
melhor desenvoltura que seu adversário. Mesmo quando este “encaixotava” o
time cearense com uma boa marcação, os pupilos de Silas não se afobavam
e Magno Alves perdeu as duas melhores ocasiões de gol do 1º tempo.
Mas quem abriu o placar foram os anfitriões, com Rogério, marcando de
cabeça. Mesmo assim, o Ceará não se desesperou. Aceitando a orientação
de Silas (revelada após o jogo) de explorar o lado esquerdo da defesa
baiana, o Vovô subiu com Samuel puxando a marcação enquanto Marinho se
movia com a bola para o meio da entrada da área. Foi de lá que desferiu
chute certeiro: 1 a 1.
Aos 28, o Vitória chegou ao segundo gol após cobrança de escanteio da
esquerda e sobra de bola do goleiro Luís Carlos, aproveitada pelo
zagueiro Ramón.
De novo atrás, novamente o Ceará não se afobou. Quem ficou apreensivo
foi o torcedor baiano, ao ver o lateral Nino Paraíba derrubar Marinho,
de forma atabalhoada, dentro da área. Pênalti, convertido com precisão
por Ricardinho. Com o 2 a 2, a classificação estava assegurada, bem como
os créditos do técnico Silas e sua carta-surpresa, Marinho, decisivo no
embate.
Pery Negreiros
Editor
Fonte: DN
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