O Brasil registrou 2.401 casos de microcefalia, má-formação cerebral em
bebês, de janeiro até último sábado (12), em 549 municípios. Há registro
de 26 mortos. O dado foi divulgado no começo desta tarde desta
terça-feira (15), pelo diretor do Departamento de Vigilância de Doenças
Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
De acordo com Maierovitch, o governo está "trabalhando para saber como será a distribuição dos repelentes para as gestantes".
— Repelente serve para proteger individualmente as pessoas enquanto não
conseguir conter a proliferação dos mosquitos. Porém, o repelente deve
ser uma medida complementar. O mais importante é combater o mosquito.
O diretor ainda afirmou que todos os Estados já receberam os larvicidas
na quantidade que pediram e serão usados pelos agentes de endemias.
— Nós temos o vetor em todo o território nacional. Isso significa que
existe risco em todos os Estados [de zika vírus]. Justamente por isso
que existe esse esforço em todos os lugares, não só onde já se confirmou
a circulação do zika.
Nesta segunda-feira (14), o Ministério da Saúde divulgou um novo
protocolo de atendimento às grávidas de bebês com microcefalia,
má-formação do cérebro, e mulheres em idade fértil. Um dos objetivos é
mobilizar os profissionais de saúde para identificar precocemente casos
de microcefalia e os cuidados especializados da gestante e do bebê.
O documento intitulado como “protocolo de atenção à saúde e resposta à
ocorrência de microcefalia relacionada à infecção pelo vírus zika”,
orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança
diagnosticada com a doença.
Na ocasião, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde,
Adalberto Beltrame, explicou que os nascidos com microcefalia receberão a
estimulação precoce em serviços de reabilitação distribuídos em todo o
País desde o nascimento até os três anos de idade. O objetivo é maximizar o potencial de cada criança.
— O importante é acolher a criança e estimulá-la do primeiro mês até os
três anos de idade, que é quando se completa o ciclo de desenvolvimento
neurológico. Com isso, é possível reduzir os danos, que vai depender do
grau de sucesso no acompanhamento e da gravidade da má-formação.
As crianças serão atendidas em Centros Especializados de Reabilitação,
Núcleos de Apoio à Saúde da Família e Ambulatórios de Seguimento de
Recém-nascidos das Maternidades.
Fonte: R7
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