A presidente Dilma Rousseff defendeu, nesta quinta-feira (07/01), em
sua primeira entrevista de 2016, mudanças nas regras que disciplinam a
concessão de beneficiários previdenciários e afirmou que “não é possível
que a idade média de aposentadoria no país seja de 55 anos”. Sem meias
palavras e conhecedora da dura realidade dos cofres da Previdência
Social, Dilma destacou a necessidade de medidas para aumento da idade de
aposentadoria.
A elevação da idade, como critério para os trabalhadores se
aposentarem, gera calafrios entre lideranças nacionais do PT, provoca
reação das centrais sindicais, mas encontra respaldo entre os
parlamentares conscientes das alterações no sistema previdenciário
brasileiro. De acordo com Dilma, a alteração pode ser feita pela fixação
de uma idade mínima ou de um instrumento que misture idade com tempo de
contribuição, como ocorreu com a fórmula 85/95 móvel.
A presidente Dilma afirmou, ainda, ao falar sobre as dificuldades
econômicas do País, que o ajuste fiscal é sua prioridade e que irá
buscar cumprir o superavit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto).
Segundo ela, essa medida contribuirá para que a inflação fique na “banda
de cima” da meta, de 6,5%, neste ano. Ela prometeu trabalhar com unhas e
dentes para que 2016 seja melhor do que 2015. Três pontos, conforme
enfatizou, são indispensáveis nessa caminhada: 1) reequilíbrio fiscal;
2) a recriação da CPMF, e) investimentos em infraestrutura (leilões de
aeroportos, portos, ferrovias e hidrelétricas).
Ao ser perguntada sobre as medidas que o Governo elabora para tentar
reverter a desaceleração da economia, Dilma disse que qualquer ação que
for tomada não poderá implicar em gasto fiscal. “Temos como questão
principal o ajuste fiscal. Vamos garantir o superavit de 0,5% do PIB.
Com isto, vamos criar as condições para que a inflação se equilibre”,
afirmou a presidente durante café da manhã com jornalistas no Palácio do
Planalto.
Com informações da redação, UOL e o Conteúdo Estadão.
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