O Ceará
participa da 20ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza de
segunda-feira (23) até 1º de junho. O Ceará tem oito casos confirmados de
influenza em 2018, até 14 de abril. São sete casos confirmados de influenza A
H1N1 e um de influenza B. Três pessoas morreram, todos de influenza A H1N1.
As vacinas
virão em seis etapas, e neste primeiro momento, serão 20%. No estado 2,3
milhões de pessoas devem ser vacinadas. Ao todo, 54,4 milhões de pessoas devem
ser vacinadas em todo o país. O Dia D, quando há maior mobilização para
vacinação, está marcado para 12 de maio.
De acordo com a
Secretaria da Saúde, o Ceará deverá receber do Ministério da Saúde 600 mil
doses de vacina da Influenza até o próximo dia 23, quando tem início a campanha
de imunização. Isso representa cerca de 30% do total de doses que será recebido
até o fim da campanha.
“É importante
reforçar que temos vacina disponível para todas as pessoas que fazem parte do
grupo prioritário. No ano passado não faltou vacina e neste ano também não
faltará. Nosso objetivo é vacinar 100% do público-alvo”, concluiu o ministro da
Saúde, Gilberto Occhi. O Ministério da Saúde adquiriu 60 milhões de doses da
vacina, que serão distribuídas aos estados.
Grupo Prioritário
O grupo
prioritário da campanha são pessoas a partir de 60 anos, crianças de seis meses
aos menores de cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes
pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o
parto), pessoas privadas de liberdade – o que inclui adolescentes e jovens de
12 a 21 anos em medidas socioeducativas - e os funcionários do sistema
prisional.
Uma preocupação
especial dentro do público-alvo é com as crianças entre seis meses e 5 anos. De
acordo com o Ministério da Saúde, no ano passado, o percentual de imunização
deste segmento foi menor do que outros, como idosos com mais de 60 anos.
Os portadores de doenças crônicas
não transmissíveis e outras condições clínicas especiais também devem se
vacinar. Ela protege contra os três subtipos do vírus da gripe que mais
circularam no último ano no Hemisfério Sul, de acordo com determinação da OMS,
(A/H1N1; A/H3N2 e influenza B).
“A vacina é tão
segura que todas as pessoas de grupo de risco, inclusive as com imunidade fragilizada,
têm indicação de tomar a vacina. É uma doença ainda responsável por muitos
óbitos no Ceará, principalmente de pessoas nesses grupos de risco",
explica o médico infectologista Anastácio Queiroz.
A escolha dos
grupos prioritários segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças
respiratórias.
Prevenção
A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do
contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa
contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e
objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos,
nariz).
A orientação
dos especialistas é a adoção de cuidados simples como medida de prevenção como
lavar as mãos várias vezes ao dia, cobrir o nariz e a boca com lenço
descartável ao tossir ou espirrar, não compartilhar objetos de uso pessoal,
além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
Após a
aplicação da vacina, podem ocorrer, de forma rara, dor, vermelhidão e
endurecimento no local da injeção. A vacina é contraindicada para pessoas com
história de reação anafilática prévia em doses anteriores ou para pessoas que
tenham alergia relacionada a ovo de galinha e seus derivados.Também não é
aconselhavel tomar a vacina se estiver com algum quadro virótico, como a gripe,
por exemplo.
G1/CE
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