Dos países da América Latina, o Brasil é o que registra mais casos confirmados e mortes por Covid-19. Em estudo, a Sociedade das Américas/Conselho das Américas (AS/COA, sigla em inglês), comparou a evolução da doença nos países latinoamericanos e as medidas governamentais de prevenção.
Com dados ainda do dia 26 de março, o Brasil avança entre os 12 países analisados com 2.916 casos confirmados e 77 mortes. O Ministério da Saúde (MS) atualizou os dados nessa sexta-feira, 27, para 3.417 confirmados e 92 mortes - agora em todas as regiões brasileiras.
Os outros países que ultrapassam os mil casos são Chile, com 1.610 confirmados e 5 mortes, e o Equador, 1.403 confirmados e 34 mortes. Ainda, o artigo da AS/COA demonstra que a doença tem avançado mais rapidamente dentro do Brasil a partir dos 100 casos confirmados. Enquanto países como Colômbia, Peru e Uruguai estão conseguindo achatar a curva de contaminação, o Brasil parece crescer quase verticalmente.
O documento da sociedade indica a resposta governamental dos países como razão para o achatamento, ou não, das curvas. No Brasil, as declarações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) são ressaltadas. "Em 26 de março, o governo lançou uma campanha de distanciamento anti-social para incentivar a reabertura de empresas, iniciada pelo filho mais velho de Bolsonaro, o senador do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro. Entretanto, um estudo da Universidade de São Paulo mostrou que o distanciamento social no estado está retardando a expansão”, descreve o artigo.
As medidas da Bolívia, país com menos contaminados e nenhuma morte
Pela análise da AS/COA, as medidas governamentais explicam em parte o achatamento de curvas de alguns países. Pelos dados do artigo, a Bolívia tem o menor número de casos (61) e nenhuma morte na região. No dia 10 de março, foram confirmados os dois primeiros casos de Covid-19 no país boliviano. Um dia depois, a presidente interna Jeanine Añez determinou estado de emergência nacional. No dia 12 de março, o ministro da Educação suspendeu as aulas até dia 31 de março. Nos dias 15 e 16 de março, a presidente determinou medidas de isolamento social.
Já no dia 17 de março, Añez anunciou o fechamento de todas as fronteiras da Bolívia, exceto para o retorno de cidadãos e residente bolivianos. A medida foi efetivada dia 19 de março. Ainda, ela determinou que o horário de trabalho deveria ter cinco horas reduzidas e os supermercados deveriam fechar às 15h até o dia 31 de março. Na última quarta-feira, 25, a presidente estendeu o fechamento das fronteiras até 15 de abril.
O Povo
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