terça-feira, 7 de abril de 2020

China não registra mortes por coronavírus nas últimas 24 horas

Nesta terça-feira (7), pela primeira vez, a China não registrou nenhuma morte pela COVID-19, horas antes do fim do bloqueio da cidade de Wuhan, epicentro da doença. O país caminha para uma saída da crise do novo coronavírus, que apareceu no final de 2019 em seu território e, desde então, causou mais de 75.000 mortes em todo o mundo.

O país identificou apenas 32 novos casos, todos de pessoas que haviam retornado de outros países. Outros 12 casos suspeitos - todos importados - estão sob observação, junto com outros 30 casos de infectados assintomáticos.
A China agora tem 1.242 casos confirmados em tratamento e 1.033 casos sem sintomas em isolamento e sob monitoração.
Para conter a disseminação, a China decretou, no final de janeiro, o confinamento drástico de mais de 50 milhões de pessoas em Wuhan, o berço da epidemia, e no restante da província de Hubei (centro).  Depois de registrar centenas de mortes por dia em fevereiro, o número diminuiu progressivamente nas últimas semanas até chegar a zero nesta terça-feira, segundo o Ministério da Saúde.
Mas esse número tranquilizador não esconde dois novos riscos: pessoas infectadas que chegam do exterior e a ameaça invisível de pacientes assintomáticos, que não têm tosse ou febre, mas podem transmitir o vírus.
O Ministério da Saúde anunciou também nesta terça-feira mil casos acumulados. A agência também informou 32 novos casos de contaminação, todos de origem importada. Além dos aeroportos, as autoridades também reforçarão seus controles nas fronteiras terrestres, afirmou o governo na segunda-feira.
A China relatou sua primeira morte em 11 de janeiro. Desde então, quase 82.000 pessoas foram infectadas no país, das quais 3.331 morreram, segundo dados oficiais.
Wuhan
Os residentes de Hubei ficaram confinados em suas casas por dois meses. No final de março, aqueles que não moravam em Wuhan puderam deixar a província, desde que não estivessem doentes.
À meia-noite, horário local (13 horas de Brasília), as pessoas saudáveis serão autorizadas a deixar a capital da província.
No entanto, os candidatos à saída são limitados pela redução do número de voos e trens para Wuhan, uma medida imposta no auge da epidemia, afirma o conselho da cidade.
O município também indicou que várias restrições à circulação seriam mantidas na cidade para evitar o reaparecimento de infecções.

DN

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