quarta-feira, 22 de abril de 2020

Coronavírus: O dia em que o preço da banana superou o do petróleo

Tudo aconteceu na última segunda-feira, 20, nos Estados Unidos – os maiores produtores e, também, os maiores consumidores de petróleo do mundo.
Os produtores e vendedores dessa matéria prima extraída do chão norte-americano imploraram aos seus clientes compradores que recebessem suas encomendas – a serem entregues ao longo do próximo mês de maio.

Proposta recusada sob o argumento de que não têm mais onde estocar óleo cru.
Que alternativa sobrou para os produtores e vendedores?
Propuseram pagar aos compradores até U$ 36 por barril recebido e estocado. Ou seja, o petróleo foi negociado a um preço negativo - caso inédito na história da indústria petrolífera mundial.
Foi o dia em que o preço da banana valeu mais do que o preço do petróleo.
O bloqueio das atividades econômicas em todos os países e em todas as cidades do planeta – por causa da pandemia do novo coronavírus - reduziu o consumo das energias de origem fósseis, das quais o petróleo é líder.
Nos Estados Unidos, essa redução aconteceu de modo espetacular, pois o tráfego de caminhões e de carros de passeio caiu à metade e o dos aviões em 80%, sem se falar na queda da atividade industrial.
Esta pandemia levou o mundo à aversão ao petróleo.
Os países produtores filiados à OPEP – Arábia Saudita e Rússia no meio – fazem reuniões para encontrar um meio de reduzir ainda mais sua produção na tentativa de pelo menos segurar o preço do petróleo em torno dos R$ 30.
Nesta quarta-feira, 22, o petróleo do tipo brent é negociado na Bolsa de Londres a US$ 16 por barril.
Tudo isso é notícia ruim para a Petrobras e para os estados brasileiros produtores de petróleo, cujos royalties desabam na mesma velocidade.
Quando passar a pandemia do novo coronavírus, e não se sabe ao certo quando isso acontecerá, passará muito tempo ainda até que a economia mundial se recupere deste nocaute virótico.
DN

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