A equipe econômica do governo federal fechou uma nova proposta
de auxílio financeiro a Estados e municípios em meio à pandemia do coronavírus.
A ideia é fazer um
repasse extra de R$ 30 bilhões a R$ 40 bilhões aos entes. Em troca, os salários
de servidores estaduais e municipais deverão ser "congelados" por
dois anos.
Com o novo auxílio e
o que já foi concedido a Estados e municípios, que já está na casa de R$ 49,9
bilhões, o pacote proposto pela equipe econômica de socorro a governadores e
prefeitos deve superar R$ 130 bilhões.
A proposta
articulada pela Câmara dos Deputados inclui
também a suspensão de dívidas dos entes e compensações por perdas da
arrecadação. Segundo cálculos do Tesouro Nacional, o custo das medidas ficaria
na faixa de R$ 150 bilhões a R$ 180 bilhões.
Porém, os
congressistas contestam os números do governo e afirmam que a sugestão da Casa
custaria cerca de R$ 85 bilhões.
A proposta da Câmara
previa elevar o endividamento de Estados e municípios, mas os líderes
partidários já sinalizaram que aceitam abandonar essa ideia se houver a
compensação, por seis meses, por perdas de arrecadação de ICMS e ISS.
Só que a equipe
econômica não quer a vinculação do dinheiro extra a uma perda de receita.
Em nova tentativa de
acordo, a equipe econômica vai apresentar sua nova proposta nesta segunda-feira
(13) a governadores e prefeitos. Os recursos seriam para a área da saúde e
outras envolvidas no combate ao coronavírus.
Segundo assessores
do ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia
é não vincular a verba a nada. Seria um "dinheiro na veia". Ou seja,
o repasse não seria, por exemplo, uma compensação à queda na arrecadação. O
Ministério da Economia não quer abrir um precedente para crises futuras.
Além disso, a equipe econômica não quer abrir espaço para
aumentar o endividamento de Estados e municípios, que estavam propondo elevar
suas dívidas em mais de R$ 60 bilhões. Neste ponto, a equipe de Paulo Guedes
conta com o apoio de especialistas em contas públicas.
Além do dinheiro extra de até R$ 40
bilhões, o governo inclui na conta de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões de
suspensão do pagamento de dívidas dos estados com a União e bancos públicos.
Com essa proposta, o
governo espera chegar a um acordo com a Câmara dos Deputados e governadores
para votar o projeto de ajuda a Estados e municípios ainda nesta segunda.
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