O consumidor que não reduzir a conta de água em pelo menos 10% nas cidades da Região Metropolitana de Fortaleza pagará uma taxa extra de 120% sobre o valor não economizado. A "taxa de contingência", como chamou a Agência Reguladora de Serviços Delegados do Ceará (Arce), foi divulgada nesta sexta-feira (23) pela agência, que também anunciou aumento na conta nas cidades da região. A taxa deve ser cobrada a partir de dezembro, segundo estimativa da Cagece.
A cobrança da taxa de contingência vai ser calculada a partir da média de consumo de três meses de cada residência. A medida já definida para as cidades da Grande Fortaleza, exceto a capital; a Acefor, agência que regula a distribuição de água em Fortaleza, ainda deve se pronunciar se vai ou não se vai estabelecer as mesma taxa.
Além da nova taxa, as contas ficarão em média 12% mais caras, variando de 8% (para pessoas de baixa renda) a 19%. Não haverá aumento na tarifa de água em Fortaleza, de acordo com a Arce.
O objetivo, segundo a agência, é reduzir o desperdício e o consumo de água no Ceará, que vive cenário de seca há quatro anos, com previsão de pouca chuva em 2016.
No quarto ano seguido de estiagem no Ceará, o Governo Federal reconheceu a situação de emergência em 67 das 184 cidades do estado em decorrência da falta de chuva.
Além da situação de emergência, 23 municípios cearenses também sofrem colapso hídrico, segundo o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. Para amenizar os efeitos da estiagem, uma das ações do Ministério da Integração Nacional será o fornecimento de água por meio dos carros-pipa. O Governo Federal atende 795 municípios na área rural do semiárido nordestino e norte de Minas Gerais com 6.779 carros-pipa que beneficiam 3,8 milhões de pessoas.
Fonte: G1/CE
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