Orçada em cerca de R$ 30 milhões, a instalação da adutora de engate rápido que oferecerá socorro hídrico a Quixeramobim
a partir do Açude Pedras Brancas, localizado entre os municípios de
Quixadá e Banabuiú, prossegue em ritmo avançado e está quase pronta.
Com uma extensão de 60,1 km, o equipamento deverá oferecer alívio
temporário aos quixeramobienses. O êxito do projeto dependerá, a bem da
verdade, do tipo de inverno no próximo ano. Isto porque o volume do
açude, atualmente com 15,1% de sua capacidade total, está diminuindo em
ritmo acelerado e, caso as chuvas do próximo ano não ajudem a
reabastecê-lo, a crise hídrica que se seguirá ao colapso do reservatório
pode acabar afetando, inclusive, os próprios quixadaenses, levando a
dificuldade relacionada para os dois municípios.
Atualmente, conforme José Roberto, funcionário do
DNOCS que gerencia o Açude Pedras Brancas, além da liberação de água
para Quixadá, para a unidade de processamento da Petrobras no Distrito
de Juatama, e do volume destinado à irrigação, cerca de 150 carros-pipa
retiram água do reservatório, dia e noite, sem parar. A evaporação,
também, continua fazendo sua parte para diminuir significativamente a
extensão do espelho d’água.
Não há dúvida de que a obra é necessária para que a população de
Quixeramobim não deixe de ser abastecida. Porém, o que o governo do
estado tem planejado caso o inverno não ofereça a ajuda esperada e o
Pedras Brancas entre em colapso? Para o gerente regional da Companhia de
Gestão e Recursos Hídricos do Ceará no Sertão Central, Paulo Ferreira, “não existe plano B“.
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